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A ORIGEM, O PROPÓSITO E A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO.

Texto Básico: Êxodo 25:1-9
Texto Devocional: Salmo 132:1-18
Versículo chave: "E me farão um santuário, pára que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis" - Êx 25:8-9.
Objetivo: Ao "abrirmos as cortinas" do assunto Tabernáculo, o irmão entenderá a origem e as razões de Deus ter ordenado a construção desta tenda portátil.

Introdução
Ao tratarmos dos detalhes da origem e dos propósitos do tabernáculo, veremos o porquê da magnitude de tal obra.

I - ORIGEM DO TABERNÁCULO

    1. O significado da palavra
        O termo "tabernáculo" vem do latim "tabernaculum", que significa "tenda" ou "barraca". O dicionário Aurélio assim define: "Tenda portátil, que foi o santuário do Deus dos hebreus, durante a peregrinação destes pelo deserto, símbolo da convivência ou encontro entre Deus e o homem". Santuário portátil construído pêlos israelitas no deserto e descrito detalhadamente em Êx 25-31 e 35-40

        O tabernáculo tinha vários nomes: "tenda", "tenda da congregação", "tenda de culto", "tabernáculo do testemunho" (Êx 38:21) e "santuário" (Êx 25:8).

  2. Origem histórica
      Em todos os tempos na história humana, a tenda tem sido a habitação costumeira dos povos nómades. Os patriarcas hebreus moravam em tendas (Gn 12:8; 13:3; 25:27), assim como os israelitas durante suas peregrinações no deserto (Nm 19:14). Ao celebrarem a Festa dos Tabernáculos todos os anos, os israelitas habitavam em tendas durante sete dias para relembrar as jornadas do Egito para Canaã (Lv 23:34,42-43). As tendas eram usadas por pastores (Is 38:12) ou boiadeiros (Jz 6:5) e por exércitos (2 Rs 7:7-8; Jr 37:10)

  O tabernáculo continuou a ser usado durante muito tempo após a entrada, em Canaã. No período dos juizes estava em Silo (Js 18:1) e, no reinado de Saul, em Nobe (1 Sm 21). No episódio dos discípulos passando por um campo em dia de sábado c colhendo espigas, Jesus, para defendê-los, menciona Davi e seus companheiros entrando na "casa de Deus" (que é o tabernáculo, porque o templo ainda não tinha sido construído) e comendo os pães da proposição (Mc 2:23-28). De acordo com 1 Rs 8:4, Salomão mandou que a arca do Senhor, a tenda da congregação e os utensílios sagrados fossem levados para o novíssimo templo.

    3. A passagem de (Êx 25:1-9). Alan Cole, explica a fonte dos materiais usados na construção do tabernáculo e destaca três princípios espirituais importantes! neste texto, que permanecem válido para sempre.

    a. As ofertas devem ser voluntárias (v.2), nunca forçadas (l Co 9:7). Como há uma lição específica sobre este assunto.
     b. O propósito de Deus é viver entre Seu povo (v.8). "O propósito real de qualquer santuário [cristão] é a comunhão com Deus. Os objetos visíveis são símbolos para nos ensinar a adorar a Deus em espírito e em verdade, como Jesus nos ensinou"
      c. Obediência ao plano de Deus é essencial (v.9). O tabernáculo deveria ser construído exatamente como Deus queria: "Segundo a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo...". “É o próprio Senhor quem elogia a fidelidade de Moisés em Nm 12:7; e Hb 3:2 vai destacar que Moisés era fiel ‘‘em toda a casa de Deus”.

II-O PROPÓSITO DO TABERNÁCULO

  1. Tipo de Cristo
     O tabernáculo é uma tipologia. Isto quer dizer que os utensílios, os móveis e as especificações são uma fotografia de Cristo. Floyd Lee afirma que "em nenhum lugar do V.T. existe um álbum tão completo e perfeito de Cristo como nesse santuário" (Hb 8:1 -13).

    2. Presença de Deus
       "Que faltava aos israelitas para completar a promessa da aliança: 'Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus'?' (Êx 6:7). Necessitavam da presença palpável e permanente de Deus entre eles, o que se realizou por meio do tabernáculo"

     A grande diferença entre Israel e os outros grupos é que o Senhor habitava com o Seu povo (Êx 29:45) e manifestava a Sua presença no tabernáculo. Todavia, a presença de Deus no tabernáculo não pode ser entendida em sentido totalmente literal, ou seja, Ele está ali, mas não está somente ali. Ele está presente em um lugar, mas Ele transcende, vai além disso. Afinal, "o Altíssimo não habita em casas feitas por mãos humanas" (At 7:48). É impossível que a presença de Deus se limite a um lugar (Is 66:1; 1 Rs 8:27).

   Propósitos principais do tabernáculo:

   a. Proporcionar um lugar onde Deus habitasse entre Seu povo (Êx 25:8; 29:42-46). O tabernáculo lembrava aos israelitas que Deus os acompanhava em sua peregrinação.
   b. Ser o centro da vida religiosa, moral e social. A tenda sempre se situava no meio do acampamento das doze tribos (Nm 2:17) e era o lugar de sacrifício e centro de celebração das festas nacionais.
  c. Representar grandes verdades espirituais que Deus desejava gravar na mente das pessoas, tais como Sua majestade e santidade, Sua proximidade e a forma de aproximar-se do Deus santo.
  d. Preparar os hebreus para receber a obra sacerdotal de Jesus Cristo. Visto que os objetos e a parte cerimonial prefiguravam o "verdadeiro tabernáculo" (Hb 8:1-2).

III - A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
      "Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis" (Êx 25:9). ... assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir otabernáculo..." (Hb 8:5).

       1. O arquiteto do tabernáculo

Da mesma forma que as medidas da arca foram dadas por Deus a Noé, o modelo do tabernáculo também foi mostrado a Moisés. Tudo segundo o “modelo" que lhe fora mostrado no monte (Êx 25:9, 40; 26:30; 27:8; Nm 8:4; At 7:44; Hb 8:5). Deus mesmo forneceu a planta com seus pormenores. Hb 11:10 menciona Deus como "arquiteto". Devemos lembrar que o tabernáculo era a "semelhança" de algo, uma espécie de "figura e sombra das coisas celestes", conforme Hb 8:5.

      2. A estrutura do tabernáculo
Quatro os aspectos principais do tabernáculo:
    (1) a estrutura; de modo geral, era composta de três partes: o átrio externo, o lugar santo e o santo dos santos.
    (2) os utensílios; em número de sete, eram sete artigos escolhidos por Deus para cumprir seus propósitos de adoração: (1) altar dos holocaustos; (2) bacia de bronze; (3) mesa dos pães; (4) candelabro; (5) altar do incenso; (6) arca; (7) propiciatório.
    (3) O sacerdócio. Os vários aspectos das vestes e da pessoa do sumo sacerdote revelam a importância e a relevância daquele que tinha que levar sobre os seus ombros os nomes dos filhos de Israel (Êx 28:11-12).
     4) As ofertas. Estas recebem um tratamento especial no livro de Levítico.

CONCLUSÃO
      Em Israel sempre houve altares isolados, principalmente aqueles erigidos pêlos patriarcas (Noé: Gn 8:20; Abraão: Gn 12:7-8; Isaque: Gn 26:24-25; Jacó: Gn 35:1-7). Mas agora, com a chegada do tabernáculo, todos irão entregar as ofertas e realizar os holocaustos no mesmo lugar, preparando o povo para o maior de todos os sacrifícios já oferecidos: "...Cristo morreu pêlos nossos pecados..." (1 Co 15:3).



OFERTAS PARA ACONSTRUÇÃO DO TABERNÁLO

Texto: Êx 25:1-9
Texto Devocional: I Cr 29:10-22
Versículo Chave: "Tomai, do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Senhor" - Êx 35:5.
Objetivo: Conduzir o irmão a um "espírito" de alegria, seriedade, e santidade no ato de ofertar ao Senhor.

Introdução:
As ofertas para o tabernáculo deveriam ser voluntárias, nunca forçadas. Paulo afirmou que "Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9:7). Essa motivação para dar é fruto da graça divina no coração humano. Pois é esta graça que motiva o homem a abrir mão do que lhe pertence e compartilhar com outros.

Dar alegremente a Deus aquilo que nos é valioso deve lembrar-nos que seremos amados e abençoados por Deus, além de promover benefícios ao nosso próximo. E o fato do Senhor dizer: "Diga aos filhos de Israel que me tragam oferta..." (Êx 25:2) comprova que Deus quer a participação do homem na construção do tabernáculo.

Nosso Senhor Jesus Cristo pediu os cinco pães e os dois peixes (Jo 6:9-11) que pertenciam ao rapaz, e este, ao entregar, viu quantas pessoas foram beneficiadas por este ato de dar. Não temos dúvidas de que aquela multidão poderia ser alimentada sem aquele "lanche" do rapaz, mas Deus queria dar a ele a oportunidade de participar dos milagres divinos.

Nós também podemos pensar quantas pessoas foram abençoadas com as ofertas que foram trazidas para a construção do tabernáculo.

No estudo de hoje, vamos estudar a origem, a aplicação e o significado das ofertas levantadas para a construção do tabernáculo.

I - AORIGEM DAS OFERTAS
    A ordem que Deus deu a Moisés foi a seguinte: "Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele receberá a minha oferta. Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze" (Êx 25:1-9).

Mas como é que Deus pede ofertas assim, tão valiosas a um povo que poucos meses atrás não passava de escravos? De onde aquele povo tiraria tão preciosas ofertas para entregar ao Senhor? A resposta está em Êx 11:1 -3 e 12:36 (vale a pena conferir).

Deus fez do Egito uma espécie de "útero" para o nascimento e desenvolvimento de Seu "filho", Israel. O "nascimento" foi como as dores de um parto, visto que passaram pela agonia da escravidão e foram expulsos às pressas. Mas não "nasceram" como um filho desamparado, e, sim, com um herdeiro, cheios de ricos presentes. Eles, que pareciam fracos e oprimidos, partiram do Egito como quem vence uma batalha e leva consigo o seu despojo - "Assim o povo de Israel tomou as riquezas dos egípcios" (Êx 12:36 - NTLH).

Aplicação: Deus deu tudo para Israel e mais tarde pediu uma parte para a construção do tabernáculo. Você reconhece que tudo o que tem conquistado é presente de Deus? Tem devolvido ao Senhor a parte que Ele deseja, e participado da construção da Obra de Deus?

O projeto de Deus se faz com os recursos que são ofertados pelo povo de Deus. Das mãos dos egípcios tais ofertas seriam inaceitáveis para a obra do Senhor, mas esses mesmos recursos vindos das mãos do povo de Deus, adquiridos com a ajuda e com as bênçãos deste mesmo Deus, tornaram-se santificados e agradáveis ao Senhor. Além disso, não era qualquer tipo de oferta que servia; Deus especificou aquilo que Ele queria, uma vez que cada uma daquelas oferendas passaria a ter um significado específico, como veremos mais adiante.

Aplicação: Não é tudo que serve como oferta ao Senhor. Ele merece sempre o que temos de melhor. Se não for o melhor, nossas ofertas serão tidas como inaceitáveis e ofensivas.

II-O SIGNIFICADO DAS OFERTAS
    "Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho,.e peles finas, e madeira de acácia, azeite... especiarias... pedras de ônix..." (Êx 25:3-7). Cada item requerido por Deus seria utilizado para um fim específico e ensinaria, figuradamente, a grandeza do relacionamento de Deus com Seu povo. Vejamos alguns desses itens.

    1 - oferta: OURO - Deus estava ensinando que o ouro representa a "Glória de Deus". Veremos muitas vezes este símbolo se repetir ao longo da Bíblia. Assim, muitas peças no tabernáculo seriam confeccionadas com ouro maciço ou folhadas a ouro, significando uma obra ou um atributo de Deus. Por exemplo:

    a) As tábuas que constituíam as paredes do Tabernáculo, todas de igual tamanho, eram feitas de madeira de acácia e folhadas a ouro. Elas simbolizam a vida do homem regenerado o qual é revestido da glória de Deus.
    b) A mesa dos pães asmos (sem fermento) era feita de madeira de acácia e revestida de ouro. Nela (em Deus) o sacerdote renovava as forças (alimento) para continuar servindo ao Senhor.
    c) O candelabro com sete hastes (lâmpadas) feito de ouro maciço. A própria glória de Deus ilumina a vida daqueles que o servem.
    d) O altar do incenso construído em madeira de acácia e folhado a ouro, onde as orações intercessórias em favor do penitente eram proferidas. Este utensílio fala de Jesus Ele é o nosso intercessor (Ef 5:2; Hb 8:6).
    e) A arca da aliança, confeccionada na forma de um baú, de acácia, revestido de ouro por dentro e por fora, simbolizava a presença de Deus. Dentro dela havia objetos que representavam o relacionamento, o sustento e a direção de Deus (tábu.is da Lei - vaso com Maná - vara do Arão).
    f) O propiciatório era a tampa da arca da aliança: Uma peça única de ouro maciço com a imagem de dói querubins olhando para dentro da arca.

    2 - oferta: PRATA - No A.T., dentre da aliança que Deus fez com o Se povo, a prata tinha um significad muito especial, não apenas para (comércio em geral, mas também para atos religiosos. Por exemplo, todo primogênito do povo pertencia ai Senhor e a família deveria pagar o resgate em prata. Cada sacrifício oferecido em resgate por uma ofensa tinha seu valor estipulado em prata (Lv 5:15). Os votos ao Senhor tinham de ser resgatados com prata (Lv 27: 8), e assim por diante.

A prata simbolizava o preço pelo qual os adoradores eram resgatados de seus fúteis procedimentos para santificação em Deus. Esse procedimento apontava para o alto preço que seria pago, posteriormente, pela nossa salvação - o precioso sangue de Jesus (1 Pé 1:18-19)

a. As pontas de cada poste da cerca externa recebiam um revestimento de prata. Quando o israelita olhava (do lado de fora) para a cerca, feita de madeira de acácia (vida), com as bases de bronze (juízo), um véu branco (Deus é santo) e cimo de prata (resgate), entendiam que Deus providenciaria um modo de serem perdoados (o Cordeiro de Deus).
b. As bases de sustentação (duas) de cada tábua do Tabernáculo (vida) eram feitas de prata (Êx 26:19). A base para uma vida restaurada na presença do Senhor é o sangue de Cristo.

    3 - oferta: BRONZE - Deus usou o bronze como um símbolo para falar sobre o juízo divino contra o pecado. Essa imagem já era compreendida por aquele povo desde a experiência no deserto, quando Deus mandou erguer uma serpente de bronze sobre um poste para remir o pecado do povo (leia Nm 21:4-9). Todo pecador é digno de morte (Rm 6:23) e o altar onde o substituto do pecador seria imolado (executado) era feito de madeira de acácia, revestido de bronze, por dentro e por fora. Também a bacia onde o sacerdote simbolicamente se purificava (Êx 30:18-21) era feita de bronze polido (espelho das mulheres, Êx 38:8). Além disso, "Todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, e todas as suas estacas, e todas as estacas do átrio serão de bronze" (Êx 27:19). Na primeira vinda do Senhor Jesus, Seu ministério foi de resgate (como o símbolo da prata), mas Sua segunda vinda será para juízo e, por isso, Ele é descrito como tendo pés de bronze (Ap 1:13-17).

    4 - oferta: MADEIRA - A madeira, naquele contexto iria representar "vida" algumas vezes a vida do homem ou da igreja, outras vezes a vida de Cristo, pois, sem acepção, os hebreus foram e cortaram árvores pequenas e grandes, retas e tortas, as quais foram trabalhadas, lavradas, cortadas e aparadas até se tornarem instrumentos preciosos à disposição de Deus. Assim também acontece conosco, no que diz respeito à nova vida e ao serviço cristão. Para que Deus nos use, Ele lapida nossa personalidade, nosso temperamento, nossos sentimentos e pensamentos.

    5 - oferta: PEDRAS PRECIOSAS - Deus ordenou que parte das jóias que os egípcios deram ao povo no dia em que foram libertos fosse usada na confecção das vestes sacerdotais.

      a. A estola traria no peito doze pedras preciosas, uma para cada tribo de Israel, e em cada uma seria gravado o nome de uma das tribos de Israel. São elas: rubi, topázio, granada, esmeralda, safira, diamante, turquesa, ágata, ametista, berilo, ônix, jaspe. E cada uma dessas pedras seriam montadas em engastes de ouro (Êx 28:15-20).
     b. Sobre os ombros da estola haveria duas pedras de ônix, uma em cada ombro, e em cada ombro seis tribos de Israel. O sacerdote traria Israel sobre os seus ombros no ministério de intercessão (Êx 28:12)

    6 - oferta: TECIDOS - Da mesma forma que as demais ofertas, Deus falou a Moisés que trouxessem vários tipos de tecidos e peles de animais (Êx 25:4,5). De fato, eles foram de grande utilidade: a estola sacerdotal, a cerca externa, a porta do átrio, as cortinas, o véu e a cobertura do tabernáculo. Até mesmo as cores desses tecidos ou peles teriam um significado distinto na montagem do tabernáculo, apontando para a pessoa e obra do Senhor Jesus, como as temos nos quatro evangelhos.

    a. Púrpura (roxo) - era uma cor que expressava realeza. Jesus, no evangelho de Mateus, é apresentado como Rei dos judeus.
    b. Carmesim (vermelho) - lembra-nos do sangue, do sacrifício. Jesus, na apresentação de Marcos "...veio ...para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45). Ele nos resgatou com Seu precioso sangue.
    c. Linho branco - fala-nos da pureza e de uma vida santificada. Em Lucas, Jesus é destacado como o Homem perfeito, sem pecado e sem mácula. "Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes" (Ec 9:8a).
    d. Estçfo azul - lembra-nos do Céu, morada de Deus. João apresenta Jesus como sendo o verdadeiro Deus habitando entre nós. "E o verbo se fez carne e habitou ("tabernaculou") entre nós" (Jo 1:14). Desta maneira, João confirma que todo simbolismo demonstrado no tabernáculo se cumpriu na pessoa e na obra do Senhor Jesus Cristo.

CONCLUSÃO
    Apesar do simbolismo que envolve o tabernáculo, devemos lembrar que o motivo mais importante para sua criação foi o desejo de Deus de habitar com Seu povo, conduzi-lo, santifica-lo e protegê-lo. A espontaneidade e sinceridade do ofertante eram mais preciosas para Deus do que o valor das peças requeridas. Assim também, nos nossos dias, o que mais importa para o Senhor é o coração do ofertante, e seu reconhecimento de que o que ele oferta vem, em primeiro lugar, do próprio Deus.

A CAPACITAÇAO DOS CONSTRUTORES DO TABERNÁCULO
Textos Básicos: Êxodo 31:1-11 ;35:30-36:1
Texto devocional: I Pe 4.10,11
Versículo Chave: ''Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo homem hábil a quem o Senhor dera habilidade e inteligência para saberem fazer toda obra para o serviço do santuário, segundo tudo o que o Senhor havia ordenado -Êx36:1
Objetivo: O aluno assumirá um compromisso fiel com Deus no cumprimento do seu serviço ministerial.

Introdução
Nesta mensagem, vamos estudar três aspectos que marcaram a vida de dois homens chamados por Deus para a construção do Tabernáculo.

I - A CAPACITAÇÃO FOI RECEBIDA Êx 31:2-6

     Homens escolhidos foram cheios do Espírito Santo e especialmente dotados por Deus de habilidade e sabedoria para a construção: Bezalel (seu nome significa: "debaixo da sombra de Deus") e Aoliabe (seu nome significa: "O Pai é a minha tenda"). Pelos significados dos nomes podemos deduzir que estes homens Deus desejava que vivessem em estreita comunhão com Ele.

      Não podemos nos esquecer que a grande maioria dos israelitas tinha trabalhado nas olarias. Sua tarefa era fazer tijolos, durante seu cativeiro no Egito (Êx 1:11,14; 5:7,8). Portanto, não estavam qualificados para trabalhos artesanais como os requeridos para a construção do tabernáculo.

      Aqueles homens não foram escolhidos por suas habilidades, mas foram escolhidos e então as habilidades foram dadas a eles. Primeiro Deus os chamou e, então, os capacitou. Muito embora o texto não especifique quando esta escolha foi feita (Êx 31:2 "...chamei pelo nome..."}, é possível que tenha ocorrido ainda no Egito, onde, nem sequer imaginavam como seriam úteis um dia.

     Aplicação: Aqueles a quem Deus chama para um determinado trabalho, Ele mesmo capacita.

Para reflexão: o que faço para a edificação da minha igreja, faço-o pela capacitação que vem de Deus? À medida que os cristãos vivem de acordo com seus dons espirituais e suas habilidades, eles não mais trabalham pelas próprias forças, mas o Espírito de Deus trabalha neles e através deles.

II - A CAPACITAÇÃO FOI TRANSMITIDA
     "Também lhes dispôs o coração para ensinar a outrem..." (Êx:35:34) Muitos "propósitos" e "visões" estão em moda na igreja hoje. Alguns são bíblicos, outros não. Um dos problemas que observamos é que muitos líderes e pastores usam os membros como "ajudantes" para alcançar os seus próprios objetivos e concretizar sua visão.

      Será que não precisamos muito mais de verdadeiros guias espirituais (Hb) 13:17), que concentrem seus esforços em ensinar, formar e capacitar pessoas, ajudando-as a chegar ,1 medida da plenitude espiritual intencionada por Deus e capacitando-as para o exercício do seu ministério na edificação do corpo (Ef 4:11-16; l Tm 2:2)?

      Alguns de nós precisamos investir mais do nosso tempo em: DISCIPULADO, DELEGAÇÃO e MULTIPLICAÇÃO.

      Dessa forma, em vez de tentar pui em movimento a igreja por meio de pressão e forças humanas, devem procurar a orientação de Deus, através de oração, para delinear os planos'. Para a igreja. Da mesma forma, todos os passos para alcançar os objetivos, entendidos como sendo da vontade do Senhor, devem ser dados em espírito de serviço, em submissão à vontade de Deus.

O exemplo de Jesus:
  • Jesus escolheu alguns (os Doze) e gastou três anos com eles, instruindo-os para que liderassem a Igreja (Mc 3:13,14; At 2:42; 4:35).
  • Jesus dedicou atenções especiais ao treinamento e aperfeiçoamento daqueles que continuariam a pregar Sua mensagem e a espalhariam pêlos quatro cantos do mundo.
  • Jesus gastou tempo com eles, visto que desejava investir em suas vidas como um todo.

     Muitas igrejas e líderes buscam modelos de treinamento no mundo, onde imperam o abuso de poder e a manipulação, o egocentrismo, a valorização da aparência física, a força política, a eloqüência e a intimidação. É verdade que outros também se deixam levar pela chamada síndrome de Saul, que é o medo de ser suplantado ou substituído por aqueles a quem treinam.

     Lembremos que Deus não precisa de "estrelas" para que Sua igreja cresça saudável. Precisa, sim, de homens fiéis, idôneos e aptos a instruírem a outros, para que Deus efetue o aumento e edificação do corpo de Cristo, em amor.

III - O PROPÓSITO DA CAPACITAÇÃO FOI CUMPRIDO

       (Êx36:1 "...fazer...segundo tudo o que o Senhor havia ordenado.") Deus deu a Moisés o plano da estrutura do tabernáculo, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais empregados, e cada peça que comporia a obra completa. O Senhor também capacitou alguns homens para executar Seus planos.

        Assim como o Senhor instruiu pessoas para realizar a obra do tabernáculo, ele também deixou instruções (a Bíblia) para todos os seres humanos. Nós, os cristãos, que temos feito com muitos dos ensinamentos bíblicos? Para alguns, os princípios e mandamentos de Deus são apenas objeto de estudos na EBD ou em grupos de estudo. Da mesma forma como o que Deus ordenou a Moisés e aos artífices foi obedecido, nós também devemos prestar obediência aos mandamentos do Senhor no nosso dia a dia.

        Uma das maiores fontes de problemas no meio da igreja é a falta de compreensão do que significa a soberania de Deus; a compreensão de que Ele é Senhor. Isto faz as pessoas duvidarem do amor e do poder de Deus. Fazer tudo como o Senhor ordena é ser como o barro nas mãos do oleiro, reconhecendo que:

1. Deus é quem tem autoridade

      Barro não se transforma sozinho. É o oleiro que faz o que quer do barro; ele é o agente, o barro é a matéria a ser trabalhada. Deus é o agente da vida cristã e nós devemos nos ver como o barro nas mãos de Deus. Precisamos corrigir um erro teológico: não somos nós que fazemos de Deus nosso Senhor, mas Ele, como Senhor, é quem faz de nós Seu povo.

2. Deus é quem tem vontade

      O barro é barro e continua sendo barro. Nenhum monte de barro diz assim: "hoje serei um jarro simples, ou, serei um prato especial que será utilizado em um grande jantar suntuoso". Não, o barro é sempre o material que o oleiro usa. É o oleiro quem decide o que formará com o barro em suas mãos.

3. Deus é quem nos torna valiosos

       Barro existe de sobra, irrita quando gruda no sapato. O valor do barro está no uso que o oleiro faz dele e em como o transforma - a massa informe, sem significado, que o oleiro, graças à sua habilidade, inteligência e segundo o seu propósito transforma no que deseja.

        Em Lc 17:10 o Senhor Jesus deixou claro qual deve ser nosso sentimento ante as obras realizadas. "Assim também vós, depois de haverdes feito, quanto vos foi ordenado, dizei: Somos! Servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer".

        Quando, como Aoliabe e Bezalel(i seguirmos as instruções de Deus e formos dirigidos por Ele, teremo bênção, vida e paz no futuro (D 5:32,33).

CONCLUSÃO
        Façamos tudo que Deus nos tei ordenado. Cada um pode desfrutei da plenitude do Espírito Santo (l 5:18) e receber sabedoria (Tg 1 :r> para fazer a vontade de Deus (l 5:17), e assim contribuir para edificação da casa de Deus na tem (1 Pé 2:5).

      Aplicação: Uma única vida pode ser d inestimável valor para os propósitt de Deus. Essa vida pode ser a sua, com ou sem títulos.


O ÁTRIO E A PORTA DO ÁTRIO

Textos Básicos: Êxodo 27:9-19 e 38:9-20
Texto Devocional: Efésios 2:11-22
Versículo Chave: "Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo." Ef 2.13.
Objetivo: O aluno entenderá que aproximar-se de Deus só é possível quando o pecador é conscientizado de sua situação e reconhece a justiça de Cristo.

Introdução

    A primeira lição que Deus nos ensina por meio dessa "casa" é que nós, gente das tendas cinzentas, deste mundo sujo, contrastamos drasticamente com Sua pureza e santidade e, qualquer tentativa produzida por nossos esforços esbarra na placa "Entrada Proibida". Deus não Se deixa conhecer por aqueles que estão manchados, sujos e com pecado. Veremos que há condições para a aproximação do homem ao santuário do Senhor.

I - O ÁTRIO

    O primeiro compartimento do tabernáculo era o átrio. Neste local podiam ficar apenas os israelitas declarados cerimonialmente puros. Quando alguém se aproximava, achava uma cortina de linho branco formando uma barreira, com apenas uma porta de entrada. É-nos importante examinar os materiais empregados na construção da cortina do átrio. Podemos ver o simbolismo ou a tipificação desses materiais.

    1. O linho (Êx 27:9)
       As cortinas de linho fino, qur cercavam todo o átrio, simbolizavam a retidão, pureza e atos de justiça (Ap 19:8; Ap 7:13,14). Elas separavam o povo de Israel da presença de Deus e da comunhão com o Senhor no tabernáculo.

Vejamos dois aspectos da justiça tipificada pelo linho.

   a. Do homem - Tipo da justiça que Deus exigiu do homem, a qual ele não conseguiu alcançar e que o exclui da presença de Deus (Is 64:6).
    b. De Deus- O linho é uma fibra vegetal de origem terrena. Isto representa Jesus na Sua humanidade. Houve somente um homem que era tão alvo e puro como estas cortinas. Este era Cristo, o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5), aquele que não conheceu pecado e em quem fomos feitos justiça de Deus (2 Co 5:21). A justiça de Deus exigiu sacrifício de sangue (Hb 9:22). Jesus pagou este preço por dar a Sua vida! "fostes resgatados ... pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue Cristo" (1 Pé 1:18,19). "Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximado pelo sangue de Cristo" (Ef 2:13). "A cortina do átrio constituía, na verdade, uma barreira intransponível e, espiritualmente, é ainda hoje um obstáculo para o homem natural obter comunhão com Deus" (Floyd Lei Gilbert).

   2. O bronze (Êx 27:11; 38:29-31)
       As bases e as colunas eram de bronze, um metal composto de cobre e estanho resistente (Jó 40:18) ao fogo (que como símbolo, está ligado à ideia de julgamento, juízo). Estas sustentavam as cortinas. O que suporta este juízo - o juízo de Deus - não é a auto-justiça do homem, mas sim a justiça de Cristo, que tomou sobre Si o julgamento efetuado por Deus contra o pecado, que deveria, merecidamente, ter recaído sobre nós (Is 53:5b; Rm 3:22).

    3. A prata (Êx 38:25-28)
        Os ganchos e ligaduras (vergas) são feitos de prata. Conforme a profecia de Zacarias (Zc 11:12; cf Mt 26:14,15), o preço da redenção do mundo seria considerado a peso de prata. Note-se, todavia, que a prata é apenas um símbolo da redenção que Cristo realizaria. Por meio de Jesus Cristo o homem pode receber esta justiça exigida, pois Ele "...se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1 Co 1:30).

       A aproximação começa com a consciência de pecado na vida de cada indivíduo. Assim, quando um israelita reconhecia que ele havia pecado, e que isto o separava de Deus, se ele quisesse ser perdoado, iria buscar o seu lugar junto a Deus no tabernáculo.

        Aplicação: Para nos aproximarmos de Deus, este é o primeiro passo. Não basta apenas nos encantarmos e nos comovermos, precisamos reconhecer nossa condição de pecadores e

reconhecer o Cordeiro de Deus como nossa justiça.

II - A PORTA DO ÁTRIO
     1. A porta é o único meio de entrada (Êx27:16; cf Jo 10:9)
          Não havia outra porta. Este era o único meio pelo qual os homens e mulheres poderiam ter acesso ao átrio. Qualquer Israelita que se aproximava do tabernáculo, fosse um sacerdote para ministrar ou um israelita trazendo o seu sacrifício, desejando o perdão, sabia que não havia nenhuma maneira de alcançar o altar de bronze, a não ser pela porta no lado oriental. A porta estava sempre aberta, nunca impedida; não havia proibição para aquele que queria adorar a Deus.

         Jesus Se revelou como a Única Porta de acesso para Deus (Is 44:6; Jo 10:9; 14:6 - único caminho). Todo outro meio tentado pelo homem é barrado pela justiça de Deus, mas por causa do sangue de Cristo nós terrlbs um meio de aproximação.

2. A posição da porta
      Uma observação interessante a fazer sobre a porta do tabernáculo é quanto à sua posição. Por que estava localizada no lado oriental? A luz sempre nasce no leste. Mateus também registra essa particularidade quanto ao nascimento de Jesus (Mt 2:1,2,9) - Jesus a grande estrela da manhã que surge no oriente. Outro texto está em Ezequiel 43:1,2,4,5. Há aqui um estreito relacionamento entre a posição da porta e a entrada da glória do Senhor. Portanto, Cristo é tipificado pela porta do lado oriental.

       3. A porta está aberta para todos (as quatro colunas) Êx 38:19)
           Há quatro pontos cardeais na bússola, todos eles mencionados nas Escrituras. Deus escolheu quatro homens para escrever sobre o Seu Filho como Deus e como Homem perfeito. Mateus mostra Jesus como Rei, Marcos mostra Jesus como Servo, Lucas apresenta Jesus como Varão Perfeito e João apresenta Jesus como Deus. Apocalipse apresenta quatro seres viventes e quatro anjos, cujos ministérios são universais, ou seja, nos quatro cantos da terra (Ap 4:6, 7:1).

Assim, podemos concluir que as quatro colunas da porta de entrada no tabernáculo declaram a universalidade de Cristo como a única porta de acesso à presença de Deus (At 4:12; Rm 3:21-24).

4. A porta é suficiente para todos (Ex 27:1 6; 38:1 8,19)
      A largura da porta era quase a metade da largura do átrio - 9 metros. Nisso podemos compreender que poderão passar muitas pessoas por esta porta. Só o amor de Deus dispõe uma porta tão ampla assim.

      Como se explica então Mt 7:13-14? Há contradição? Não, porque, se é larga, por se tratar de uma porta universal ("vinde a mim todos"), e se é estreita, é porque só é possível entrar individualmente, um por um. É estreita porque exige que o crente se despoje dos seus fardos, da sua auto suficiência, que ele se negou a si mesmo.

        Jesus não veio salvar grupos, nem multidões, mas salvar indivíduos, que formam a Igreja do Senhor Jesus.

         Outro fato importante são as cores dn porta de entrada. Não era feita de linho branco, como as demais cortinas do átrio, mas era multicolorida, do tecido branco, azul, púrpura e carmesim, tipos da justiça, pureza, realeza e natureza celestial de Jesus Cristo (um estudo mais detalhado está na lição 7 - As cortinas).

         A bela porta revela como Jesus é belo. Ele é completamente adorável. NEle não há nenhuma falha. Ele é perfeito em caráter. Ao vê-lo face a face, encontraremos um olhar de amor que sempre nos fortalece.

CONCLUSÃO
      Simulando que esta lição fosse uma viagem, seguimos o caminho, fomos passando ao largo de todo lado norte da cerca de cortinas brancas, cuja pureza nos fala à consciência. Chegamos então à única porta, localizada no lado oriental (leste). Ali, vimos a porta que está aberta, amplamente aberta.





O ALTAR DO HOLOCAUSTO

Textos Básicos: Êxodo 27:1-8 e 30:17-21

Texto Devocional: Romanos 12:1,2



Versículo Chave: "Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade" - Hb 10:5-7.



Objetivo da Mensagem: O aluno terá plena segurança no sacrifício de Cristo como suficiente para reconciliação e paz com Deus.



Introdução

Imaginemos que entramos no tabernáculo sentimos angústia, pois temos medo de Deus, queremos fugir, nos esconder.



I - O SIGNIFICADO DO ALTAR DO HOLOCAUSTO

A primeira coisa que se via depois de entrar no átrio era o altar de holocaustos. Significa um "lugar elevado", ou "lugar de sacrifício". Ali, eram oferecidas as ofertas queimadas, ou literalmente "aquilo que sobe".



O termo "holocausto"é formado por duas palavra', gregas: holos= "inteiro" + kaumatizo= "queimou Então, o significado literal é "sacrifício totalmente queimado".



Se a porta do átrio era o lugar da decisão, diante do altar do holocausto, nos encontramos agora, como pecadores, no lugar da aceitação, que se tornou possível pelas condições a seguir.



1. Pela substituição

No átrio, o pecador chegava com sua oferta que seria oferecida pelo sacerdote, em seu lugar, no altar. O pecador colocava a mão na cabeça do animal (Lv 1:4) e confessava seu pecado. Desta forma, o pecador transferia toda a sua culpa para o animal inocente e recebia para si o valor da sua morte. O pecador no A.T. era substituído da mesma forma que o homem, hoje, tem o privilégio de demonstrar fé na vítima da cruz, Cristo, tendo-o como o seu substituto perante Deus. Cristo morreu por todos os que têm posto suas mãos sobre Ele, o Cordeiro de Deus. Assim, pela fé em Jesus somos salvos, e regenerados (Jo 1:12,13, 29; Hb 9:22).



2. Pela remissão

Só ocorria o sacrifício da vítima, sangue era vertido. Ali no átrio, o pecado do povo era julgado e o pecador, redimido pelo sangue do animal imolado, experimentava a bênção do perdão. Ele estava livre do pecado.



A vítima, com seu sangue derramado em volta do altar, representa Cristo, o Cordeiro que foi morto e derramou o Seu sangue pêlos nossos pecados (Jo 1:29; Is 53:7; 1 Pé 1:18-20; 3:18).



3. Pela propiciação

A ira de Deus contra o pecado é mencionada cerca de 585 vezes na Bíblia. Devido ao seu caráter santo, Deus não pode deixar impune o mal, nem tampouco fingir que o mal não existe, ou que não tem importância. No A.T. isto era resolvido com a morte de animais, para quem a ira era desviada. No N.T. é também um tema essencial Jo 3:36; Rm 1:18ss). Deus satisfaz a Sua justa ira contra o pecado ao desviá-la do pecador e concentrá-la em Jesus Cristo (Hb 2:17; 1 Jo 2:2).



Aplicação: A aproximação nos permite atentar para a precisão dos detalhes. Observemos aquele altar onde nossos pecados foram perdoados.



II - A CONSTRUÇÃO DO ALTAR DO HOLOCAUSTO

1. Sua forma - Ele era quadrado.

“É possível que, para alguns povos, a forma quadrada simbolizasse a perfeição, embora os gregos representassem a perfeição mediante o círculo”. Sem precisar forçar o texto, podemos dizer que o sacrifício de Cristo alcançou os quatro cantos da terra (1 Jo 2:2).



2. Sua estrutura - Foi de madeira de acácia. A madeira procedia de uma bela árvore que crescia no deserto, a acácia arábica. Observando alguns textos bíblicos, encontramos a humanidade sendo comparada a árvores (Nm 24:6; Jó 24:20; SI 1:3; Pv 11:30;Mt7:17).



3. Seu revestimento - O brilho do altar nos ofusca. Ele é todo revestido de bronze, uma liga de cobre e estanho. Fundido na mesma peça, em cada canto do altar havia um chifre. O bronze é o material que simboliza o julgamento (Êx 29:12).



Na Bíblia o "chifre" é uma representação de poder (divino: Js 6:4; 1 Sm 16:13; Ap 5:6; ou maligno: Dn 7:24,25). No Altar do Holocausto os chifres enfatizam o poder do sangue. Os chifres deveriam ser cobertos de sangue por ocasião da consagração dos sacerdotes (Êx 29:1; Lv 8:14-15; 9:9), como também no dia da expiação (Lv 16:18).



Quem poderia ser submetido ao juízo de Deus e ser encontrado inculpável? Somente o santo Filho de Deus, o justo. E o "altar" sobre o qual Ele ofereceu o sacrifício foi a cruz, e vitima era Ele mesmo, livrando-nos do juízo vindouro (1 Ts 1:10).



III - OS UTENSÍLIOS DO ALTAR DO HOLOCAUSTO

1. O fogo

O fogo que ardia sobre o altar foi aceso pelo próprio Deus (Lv 9:24), e deveria ser conservado no incensário (Lv 16:12) para não se apagar. O fogo é utilizado para representar dois aspectos do caráter e ministério do Deus: purificação e julgamento (1 3:11-15; 2 Ts 1:7,8).



2. Os varais e as argolas

Davam um aspecto móvel ao altar, revelando que Deus estaria com o povo durante sua peregrinação, mostrando que Deus sempre foi questão e manifestou seu desejo de andar com Seu povo.

Podemos aplicar esta realidade a nós, pois Deus tem interesse em relacionar-se e estar sempre conosco (Mt 28:20; Hh
13:5b).



3. Cinzeiros, pás, bacias, garfos e braseiros

Alguns desses utensílios eram utilizados para remoção das cinzas do altar, que era o que restava do sacrifício queimado, indicando que o sacrifício havia sido concluído. Como tipo de Cristo, os utensílios e as cinzas podem ser compreendidos como humilhação de Jesus Cristo (l p 2:5-11) e como a consumação da obra redentora na cruz (Jo 19:30).



IV - A TRANSITOR1EDADE DO ALTAR DO HOLOCAUSTO

No átrio daquele tabernáculo não havia bancos para sentar ou descansar. Era necessário que continuamente se apresentassem novos sacrifícios, pois os seus resultados nunca podiam tirar definitivamente a culpa (Hb 10:11). Quando uma pessoa pecava de novo, ela devia oferecer um novo sacrifício, em antecipação ao verdadeiro Cordeiro sacrificial, o qual um dia seria morto na cruz. Ele se ofereceu a Si mesmo, e, sendo o Deus eterno, obteve eterna redenção (Hb 9:1 2, 2b).



CONCLUSÃO

Tudo está feito. Nada resta fazer senão ir a Ele e apresentar-se como um pecador perdido. Ir com toda sinceridade, assim como somos e estamos. Colocar a mão sobre o sacrifício reconhecendo nossa culpa, confessar nossos pecados, crendo que "...ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I Jo 1:9).



Antes Agora

Sacrifícios de animais 0 Cordeiro de Deus

Muitos sacrifícios Somente um

Muitas ofertas repetidas Uma só oferta

Nunca se concluía Está consumado para sempre

Não removia pecados Remissão completa

O perdão era temporário Perdão total, de uma vez por todas





A AGUA E A BACIA DE BRONZE

Texto Básico: Êxodo 30:17-21

Texto Devocional: Salmo 15:1-5



Versículo Chave: "Bem-aventurado os limpos de coração, porque verão 3 Deus" -Mt5:8.



Objetivo: O irmão entenderá que a essência da vida cristã é pureza moral e espiritual.



Introdução:

Entre o altar do holocausto e o santuário, estava, bacia de bronze cheia de água. Lá, os sacerdotes tinham de lavar as mãos e os pés antes de entrar no santuário (era um meio de purificação).



Esse era mais um ritual em forma pedagógica clínica Deus ensinar e preparar o Seu povo parja compreender a realidade maior que se revelar na manifestação histórica de Cristo.



A bacia, simbolicamente, aponta para necessidade de se lavar para desfrutar da verdadeira comunhão com Deus. A idéia é que o homem não tem qualificações necessárias para comparecer diante do Senhor. Deus é radicalmente diferente dos seres humanos no aspecto moral. Os pecadores, no entanto, não foram deixados sem remédio. Os meios de tratar o pecado já foram providenciados.



I - OS ESPELHOS DAS MULHERES

Qual a procedência do bronze para a bacia? Em Êx 38:8, lemos que a bacia foi feita dos espelhos das mulheres. Elas haviam dado os seus espelhos para a obra de Deus. Naquele tempo não existia vidro; os espelhos eram feitos de bronze. Elas deram os seus espelhos a Deus e Ele os fez fundir, fazendo desse material um objeto precioso para Sua Casa.



Aplicação: As mulheres deram os seus espelhos de bronze para a Casa de Deus. E nós, o que estamos oferecendo ao Senhor? Lembre-se: o que você dá a Deus, Ele transforma, purifica e usa para o Seu louvor e glória.



II - TODOS SOMOS SACERDOTES

No tempo do Antigo Testamento apenas o sacerdote podia entrar no santuário e ninguém mais. Para o israelita comum a bacia de bronze não tinha muita importância, visto que não lhe era permitido passar além do altar. Para nós, no entanto, para quem as promessas tipificadas no tabernáculo já se cumpriram, a história é diferente. Aos que aceitaram o sacrifício de Cristo, Deus não só os lavou de seus pecados como também os fez sacerdotes. Em Ap 1:5,6, lemos que Jesus ama os Seus e fez deles sacerdotes para Deus, Seu Pai. Agora existe o sacerdócio universal de todos os crentes. Todo filho de Deus é também um sacerdote e como tal podemos acessar livremente o Santo dos Santos e deleitarmo-nos na comunhão com o nosso Deus.





III - A ÁGUA PURA

A bacia de bronze estava cheia de água. Qual é o seu significado?



1. Ilustra Cristo que limpa do pecado

(Zc 13:1; Ap 1:4-6) Por Deus ser santo e como os sacerdotes se contaminavam com freqüência, havia uma ordem rigorosa ditando que se lavassem na bacia de bronze, antes de prestar o serviço a Deus. Do contrário, estariam impuros, não aptos para cumprir suas obrigações diante do Senhor.



Assim é hoje em dia com cada ser humano. Todos se contaminaram com o pecado e necessitam ser lavados para poder se aproximar do Deus Santíssimo (Rm 3:23). O autor de Hebreus usa esse símbolo para evocar o ministério purificador de Jesus. Ele é aquele que pelo Seu sangue nos lavou dos nossos pecados. Aqueles, pois, que aceitam para si o sacrifício de Cristo estão limpos e estão incluídos no convite: "...aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura" (Hb.10:22).



2. Representa o poder purificador da Palavra de Deus

O relacionamento entre a "lavagem" e a Palavra de Deus está explícito em Ef 5:26, o texto diz que Cristo purifica a igreja "por meio da lavagem de água pela palavra". E em Jo 15:3 Jesus diz: "Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado".



Assim vemos que a santidade pessoal só pode proceder da ação da Palavra de Deus (SI 17:4; Jo 17:17). Desse modo, a Bíblia ocupa papel central na santificação, porque nas suas páginas, "Deus falou na sua santidade" (SI 60:6). A Bíblia é santa e só ela pode produzir homens e mulheres santos: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (SI 119:11). Este é um dos versículos que autentica nossa confiança na capacidade das Sagradas Letras na santificação de quem as lê.



Mas de que forma a Bíblia nos ajuda em nossa pureza pessoal? O Dr. Russell Shedd, em seu livro Lei, Graça e Santificação, nos apresenta seis maneiras da Bíblia tratar nossa impureza pecaminosa. A Bíblia:



a. identifica.o pecado.

Somente para a ideia geral de pecado, iniquidade e transgressão, o texto sagrado oferece cerca de vinte vocábulos.



b. revela o estado de todos os filhos de Adão, mortos em delitos e pecados (Ef 2:1,5).

c. mostra quais são os pecados \ específicos. Note as listas dei transgressões em Rm 1:28-32; 1 CoJ 5:9-13; Cl 5:19-21; Ef 4:25; 5:12; ClJ 3:5-9; 2 Tm 3:1-13.



d. torna claras as consequência do pecado: tristeza, remorso e, acima j de tudo, a morte eterna (Rm 6:23)



e. mostra que foi o pecado que colocou Jesus Cristo na cruz. Foi lá que a culpa do nosso pecado confessado e arrependido foi paga.



f. revela Deus na santidade que Ele espera de todos os Seus filhos. O Espírito Santo, revelado na palavra, nos convence do pecado e nos mostra j o caminho para Deus.



CONCLUSÃO

A causa do enfraquecimento constante na carreira cristã pode ser a negligência no uso conveniente daí água contida na bacia de bronze: aj Palavra de Deus. Para exercermos o sacerdócio e mantermos comunhão ininterrupta com Deus, devemos] purificar "mãos e pés" pelo uso dal verdadeira "água", simbolizada pelai água contida na Bacia de Bronze. Aquele que recorre continuamente à Palavra de Deus e a deixa falar ao seu coração e à sua consciência será mantido na atividade santa da vida divina.



A COBERTURA E AS TÁBUAS

Texto Básico: Êxodo 26:14-30 Texto Devocional: Salmo91:1-16



Versículo Chave: "Também farás de peles de carneiro tintas de vermelho uma coberta para a tenda e outra coberta de peles finas"- Êx 26:14.



Objetivo: Despertar na vida do aluno o prazer da comunhão com Jesus e com seus irmãos na fé.



Introdução

Os israelitas estavam no deserto por ocasião da construção do tabernáculo. Aquela era uma região extremamente inóspita, difícil de ser habitada e só suportada pela contínua proteção divina. Durante o dia a temperatura poderia chegar aos 50°C, a umidade relativa do ar não chegava a 5% e as noites eram impiedosamente gélidas, marcando quase 10°C. Graças a Deus pela nuvem que amenizava o calor do dia e a coluna de fogo que os aquecia à noite (Êx 13:21,22).



Devido a essas condições adversas o tabernáculo precisaria de uma cobertura especial, algo que protegesse, preservasse e mantivesse uma temperatura estável. Deus mostrou a solução, não com uma, mas com quatro coberturas sobrepostas, a partir das ofertas requeridas.



I - ACOBERTURA DO TABERNÁCULO

1ª COBERTURA - Pele de animais marinhos (Ex 35:23)

As peles utilizadas eram muito usadas no Egito por sua qualidade térmica. Uma tenda coberta com esse material era capaz de manter uma temperatura .agradável e constante. Além disso, a cor dessa cobertura assemelhava-se à tonalidade do deserto, de maneira que servia como uma excelente camuflagem.



A cerca externa no pátio tinha 2,20 metros de altura, enquanto as tábuas do tabernáculo mediam 5 metros. A tenda, portanto, dificilmente poderia ser disfarçada, com toda sua riqueza e glória, se não fosse pela cobertura, que a camuflava muito bem.



Aplicação: - Isso nos faz pensar no nascimento de Jesus que, embora fosse Deus, com todo esplendor e glória, veio ao mundo sem ostentação e atrativo algum (Is 53:2). Ele nasceu em um lugar humilde; e poucos perceberam Sua magnífica glória. Seu nascimento aconteceu discretamente.





2ª COBERTURA - Pele de carneiro, tingida de vermelho (Êx 25:5; 26:14) Abaixo da cobertura externa, da qual falamos acima, havia uma segunda cobertura feita com peles (couro) de carneiro tingidas de vermelho. Ela não seria vista por olhares indiscretos ou impenitentes, mas estava ali para simbolizar que para entrar no tabernáculo (presença de Deus) era preciso haver derramamento de sangue.



Aplicação: - O pecado impede que nos aproximemos de Deus e desfrutemos de sua comunhão. O unico meio de nos livrarmos do pecado é a morte, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9:22). Jesus derramo! Seu precioso sangue na cruz (como Cordeiro de Deus), em nosso favor,, fim de tornar possível nosso acesso a presença de Deus.



3ª COBERTURA - Pêlos de cabra branca (Êx 36:14-18 - NTLH) O branco nas Escrituras nos fala dê pureza, santidade, ausência dl pecados. Com os pêlos das cabras que foram ofertados teceram onze partes iguais de um tecido medindo 13,30m de comprimento por 1,80m de largura, as quais foram costurados umas às outras formando duas lonas uma com cinco tiras e outra com seis, A peça maior cobriu o lugar santo l a menor cobriu o lugar santíssimo, duas partes foram unidas por prendedores de bronze.



Aplicação: - No lugar santo, a vida de Cristo (Seu sangue) é oferecida em nosso lugar (incensário). No lugar santíssimo, nossa vida com Cristo torna propícia, aceitável perante Deus (propiciatório). Este simbolismo fala da morte e ressurreição de Jesus. Quando nos identificamos com ele nascemos em novidade de vida (Rm 6:4), purificados de nossos pecado (branco) e aceitáveis na presença santa de Deus. Mas isso só é possível quando nos identificamos com Cristo em Sua morte (morremos para o pecado), em Seu sepultamento (deixamos de fazer parte desse mundo) e em sua ressurreição (nos tornamos novas criaturas).



4ª COBERTURA – Quatro cores intercaladas e querubins bordados em ouro (Êx 26:31)

Esta ultima cobertura deve ter sido, de fato, uma visão magnífica para o sacerdote quando entrava na tenda para oficiar. Foram confeccionadas duas peças: uma lona maior cobriu o Lugar Santo e outra menor cobriu o Lugar Santíssimo. Entre as duas foram fixadas 50 argolas de ouro. As lonas foram tecidas com as quatro cores intercaladas (vermelho arroxeado, vermelho, azul e branco), e entre cada cor havia um fio dourado. No lado de dentro, na parte que servia como teto da tenda, foram bordados figuras de querubins em fios de ouro (Êx 26:1,31; 36:8,35).



Aplicação: - O sacerdote só podia contemplar a glória de Deus se estivesse servindo. Não podia entrar no tabernáculo só por curiosidade ou para "passar o tempo"... somente a serviço. "Infelizmente, há muitos cristãos que nunca chegam a conhecer a glória de Deus, porque nunca se dispõem a servir. São eternos candidatos ao sacerdócio, mas nunca assumem" (Vassílios). Mas é bom que nos lembremos que somos cristãos, "sacerdotes reais" (I Pé 2:9). Quem foi resgatado pelo sangue do Cordeiro deve se colocar a serviço de Deus.



Do mesmo material e padrão desta quarta cobertura eram feitas também as cortinas que serviam de porta, tanto na entrada do átrio como na entrada da tenda, com a diferença que nelas não haviam "querubins bordados", como no teto do tabernáculo. As quatro cores, como já vimos, representavam aspectos de Cristo o as cortinas significavam ministérios de Cristo:



* a cortina do átrio = salvação;

* a cortina da tenda = ministrado;

* a cortina interna (véu) = mediação.



II - AS TÁBUAS DO TABERNÁCULO (Êx 26:15-25)

Como já comentamos na segunda lição, quando falamos das ofertas, toda madeira requerida para a construção do tabernáculo (acácia) foi extraída de inúmeros oásis que circundavam a região do Sinai. A madeira foi preparada e esculpida de acordo com a finalidade a que se destinava. Sendo o tabernáculo um templo desmontável, suas paredes eram de tábuas. Seguindo o relato de Êx 26:15-25, vamos tentar fazer uma descrição aproximada de sua aparência e significado:



1. Cada tábua media aproximadamente 4,50m por 70 cm, e todas foram inteiramente revestidas de ouro, ficando 20 tábuas de cada lado e oito delas ao fundo (vs.1 6,22,23). A madeira nos faz lembrar da vida humana e o ouro aponta para a glória de Deus. Para chegarmos à presença santa de Deus é preciso que o velho homem (deformado) seja esculpido, transformado e revestido de uma nova natureza - a natureza divina ( l 3:9,10).

2. duas bases de prata de igual tamanho e peso sustentavam cada tábua (vs. 18,19). A prata, como já vimos, simboliza "resgate" e o preço do nosso resgate foi o precioso sangue de Cristo. Só podemos permanecer em pé, firmes e inabaláveis se as nossas vidas estiverem firmadas nAquele que nos remiu. Isso também nos faz lembrar que só é possível manter comunhão com aqueles cujas vidas estão firmadas na mesma base (2 Co 6:14).



3. Em cada tábua foram fixadas quatro argolas de ouro, duas em cima e duas em baixo, para que se passassem quatro varões folhados a ouro, os quais uniriam as tábuas uma às outras (vs. 23-29).



As tempestades no deserto eram intensas e sem aviso, de maneira que se as tábuas não estivessem bem presas umas às outras cairiam com facilidade. Assim também Deus planejou Sua Igreja: cada membro apoiando o outro nos momentos de crise. Essas varas simbolizam comunhão e mutualidade.



4. Uma quinta vara, interna (invisível), unia todas as tábuas (v 23-29)

Esta vara dourada passava por dentro das tábuas, de maneira que nem de dentro do tabernáculo nem de fora ela podia ser vista. Ela unia uma à outra como se fossem uma só parede, um só organismo, tal como faz o Espírito Santo na vida daqueles que pertencem ao Senhor. O Espírito torna um só Corpo (Ef 4:4-6).



CONCLUSÃO

Toda essa glória, todo esse resplendor, toda essa riqueza de detalhes não passam de "sombra" em relação a tudo aquilo que realmente Deus tem para nós, os que somos da nova aliança. Hoje, podemos nos apresentar perante Ele sem rituais ou mediadores humanos, porque a nós foi aberto um novo e vivo caminho, a presença de Deus, por intermédio de Jesus Cristo (nossa cobertura), e nos foi dada uma nova natureza (tábuas! de ouro) que nos torna aceitáveis perante Ele.



O VEU E AS COLUNAS

Texto Básico: Ex 26.31-37 Texto Devocional: Mt 27:45-54

Versículo Chave: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, peta sua carne"- Hb 10:19-20.



Objetivo: Mostrar ao aluno como o véu rasgado na morte de Cristo simbolizou o novo caminho que Deus providenciou para Seus filhos.



Introdução

O véu é a peça de tapeçaria do tabernáculo que mais conhecemos. Cantamos sobre esse véu e louvamos a Deus porque Ele foi rasgado no dia da morte de Jesus. Mas também foi uma das peças menos vistas pelo povo que adorava e servia a Deus naquele tempo, pois ele ficava no Santo Lugar, ao qual somente os sumos sacerdotes tinham acesso.



A palavra hebraica para véu no original vem do verbo separar e traz a idéia de separação ou vedação.



l - A LOCALIZAÇÃO DO VÉU

As cortinas do tabernáculo serviam como uma espécie de porta ou barreira à grande multidão que cercava aquele lugar de adoração, o acesso a pessoas autorizadas. Havia uma cortina na porta do átrio que certamente bloqueava o acesso da grande multidão que ficava fora do tabernáculo, uma outra na porta do Santo dos Santos e o véu que separava o Lugar Santo do Santíssimo Lugar, Era prático usar cortinas como portas, uma vez Israel era um povo nómade que desmontava seu santuário quando mudava o acampamento para outro lugar.



O véu fechava o acesso ao Santo dos Santos, ou seja, fechava o acesso à presença de Deus, exceto ao sumo sacerdote, que apenas um dia por ano, no dia da expiação, entrava no Santo dos Santos para levar o sangue do sacrifício pêlos pecados do povo (Lv 16).

II - A DESCRIÇÃO DO VÉU E DAS COLUNAS

1. O véu era feito de linho fino

torcido branco, colorido com azul, vermelho arroxeado e vermelho, bordado com querubins. Já estudamos o significado das cores, mas será bom fazer uma pequena revisão:

a. O linho retorcido branco

(ausência total de cor) significa a pureza e a perfeição, ensinando sobre o estado perfeito de Jesus quando se fez carne (1 Jo 3:9).

b. O azul, que também estava presente no véu, representa a origem de Jesus, ou seja, o céu de onde Ele veio. Esta cor nos lembra do ato de amor de Jesus de deixar o céu para vir morrer em nosso lugar.

c. O vermelho arroxeado representa a realeza de Jesus, que veio falar do reino de Deus e não de um reino político e humano como alguns pensaram.

d. O escarlate revela a encarnação de Cristo, que foi o plano de Deus para redimir o homem.

O véu pendurado com ganchos de ouro que por sua vez eram pendurados em quatro colunas de madeira de acácia revestidas de ouro. Essas colunas eram do mesmo tamanho e devem ter sido colocadas à mesma distância uma das outras. Provavelmente eram ligadas pelo topo formando um
estrutura que suportava o véu Cada coluna tinha sua base de prata e media aproximadamente 4,60m.





2. As colunas de madeira d
acácia, recobertas com ouro fixadas em suportes de prata, são representação da natureza da pessoa de Cristo Jesus, que era Deus e homem ao mesmo tempo, ser divino que deixou de lado Seus direitos e poderes para morrer por nós e se tornar nosso exemplo (Fp 2:5-11)



III - O SIGNIFICADO DO VÉU E DAS COLUNAS

Pr. Floyd diz que o véu simbolizava a encarnação de Crito Em Mt 27.51 lemos: "Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas".

Veja o significado do véu rasgado: o véu que separava o Lugar Santo do Santo dos Santos ficou rasgado ao meio. Este era um símbolo de que através da oferta sacrificial do Cordeiro de Deus o caminho ficou aberto para que cada pecador, arrependido e crendo no sacrifício de Cristo, entrasse na comunhão íntima com um Deus santo, sem a necessidade de mais ofertas pelo pecado.

Foi um simbolismo apontando para o fato de que o templo e todo o sistema cerimonial antigo não eram mais necessários. O texto nos diz que o véu foi rasgado de cima para baixo. Isso nos mostra que a morte de Jesus foi iniciativa de Deus e não de qualquer homem (Jo 10:17,18). Pedro confirma essa verdade em seu sermão em Jerusalém quando afirma que Jesus foi "entregue peio determinado desígnio e presciência de Deus..." (At 2:23).



Outro ensinamento que podemos ver na simbologia do véu é o ministério de mediação de Jesus. O véu era a barreira visível para o acesso à presença de Deus. Um acesso limitado a apenas um homem e em um único dia para uma tarefa muito específica. Qualquer sacerdote que desobedecesse e entrasse no Santíssimo Lugar morreria. Foi o

sacrifício de Cristo na Cruz que possibilitou que tivéssemos a acesso à presença de Deus. 'Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura" (Hb 10:19-22).



CONCLUSÃO

Cristo veio para oferecer vida: só há vida, perdão, benção na presença do Senhor. O véu separava os sacerdotes do Santíssimo Lugar, e era o sinal de que atrás dele havia a presença do Deus todo poderoso. Jesus é o sinal de vida verdadeira, hoje. Sem Jesus não há vida porque Ele é o nosso único acesso à presença do Pai. Os sacerdotes olhavam para o véu e sabiam da presença de Deus. Nós olhamos para Jesus e podemos participar da presença do Senhor.



A MESA COM OS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Texto Básico: Êxodo 25:23-30

Versículo Chave: "Porás sobre a mesa os pães da proposição diante de mim perpetuamente" - Êx 25:30.

Objetivo: Conscientizar o aluno da necessidade de alimentar-se diariamente da Palavra de Deus, na comunhão constante com Jesus, o Pão da vida.



Introdução

Na mensagem de hoje aprenderemos sobre a primeira mobília pela qual o sacerdote deveria passar ao entrar no lugar santo; sua função e o seu significado para as nossas vidas - a mesa com os pães da proposição.



I – A MESA Seu Modelo e Finalidade

Agora nós atravessaremos a porta do tabernáculo entraremos no lugar santo. O sacerdote tinha à sua mão direita, a mesa dos pães da proposição ou também chamada de mesa da presença. Foi feita de madeira de acácia revertida com ouro puro. Seu tamanhpo era de dois côvados (90 cm) de comprimento por 1 côvado (45cm) de largura com uma altura de 1 ½ côvado (70cm) . Ao redor da mesa estava uma borda de ouro, e um pouco mais adiante, no topo da mesa, uma borda adicional que seguraria os pães no lugar. A mesa tinha 4 pernas e 2 varas de ouro foram encaixadas por argolas douradas, presas as pernas para transportar.



O propósito desta mesa era colocar os 12 pães feitos de flor de farinha. Eles foram colocados lá em duas filas de seis, cada pão representando uma das tribos de Israel.



Lv 24.5-9 Também tomarás da flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão será de duas dízimas de um efa. E os porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o SENHOR. E sobre cada fileira porás incenso puro, para que seja, para o pão, por oferta memorial; oferta queimada é ao SENHOR. Em cada dia de sábado, isto se porá em ordem perante o SENHOR continuamente, pelos filhos de Israel, por aliança perpétua. E será de Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo, porque uma coisa santíssima é para eles, das ofertas queimadas ao SENHOR, por estatuto perpétuo.

O historiador Josefo, indica que o pão era sem fermento. Este pão às vezes é chamado de 'pão da preposição', porque seu significado literal é 'pão da face', isto é, pão partido diante da face ou presença de Deus.

II – O pão da proposição

O propósito da mesa era mostrar os pães que eram 12, pequenos e achatados e redondos, postos em ordem, para serem exibidos.

Também tomarás da flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão será de duas dízimas de um efa. E os porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o SENHOR.

Um Tipo de Cristo

A mesa da proposição era chamada de mesa da Presença. Deus mostra sempre o seu brilho no seu povo.

Os 12 pães assados mostravam que Deus era um com o seu povo, e que os sacerdotes se uniam para comer os pães, e se tornarem um. Jesus se referiu a Ele mesmo como o Pão da Vida e disse que se nós comermos este pão, nós sempre viveremos.

A natureza do pão é prover alimento físico, e quando você come o pão e o digere, ele se torna parte de você. Da mesma forma, a Palavra de Deus provê alimento espiritual, e se torna parte de nossa natureza. Da mesma forma que a mesa sempre fala de companheirismo e comunhão, assim a mesa da proposição aponta para Jesus que fez uma aliança constituída de superiores promessas, e nos dando Sua carne como alimento e o Seu sangue como bebida, para que nós sejamos um com Ele na pessoa no Espírito Santo.

Jo 6:51-58 "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer? Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre."

Nenhum sacerdote poderia se assentar, mas depois do grande brado, "está consumado", Jesus Cristo deixou o altar de Calvário e se sentou à destra do Todo Poderoso.

Seu Ensino e Significado

1. Fortalecimento para Israel

Ao entrar no Lugar Santo, o sacerdote via o altar do incenso à sua frente, junto ao véu da separação; o candelabro estaria à sua esquerda e a mesa dos pães à sua direita. A mesa ficava em frente ao candelabro (perante o Senhor, cf. Êx 26:35). Um dos significados para essa disposição é que o alimento espiritual (ensino) às doze tribos estaria sempre na dependência (iluminação) do Senhor.



2. Fortalecimento para a liderança

O pão era o alimento do sacerdote, consagrado exclusivamente para esse fim; por isso era constantemente renovado. O ministério deles consistia em "pastorear" o rebanho de Israel com o ensino da Palavra (alimento) e a intercessão. Mas eles também precisavam se alimentar, a fim de obter as forças necessárias para aquele exaustivo serviço - forças físicas e espirituais. Os pães eram grandes, pesando dois quilos cada (Lv 24:5), havendo o suficiente para todos os sacerdotes.



Os líderes têm de aprender essa lição. Carecem da leitura devocional - o "pão de cada dia". Precisam de bons livros, bons cursos, e outros nutrientes. Alimento espiritual sempre haverá, e com fartura, para aqueles que desejarem servir ao Senhor.



3. Fortalecimento para o cristão

Jesus, quando iniciou Seu ministério, declarou: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá sede" (Io 6:35). Ele disse isso ao povo hebreu, fazendo um paralelo com o maná (pão do céu), que durante os 40 anos de peregrinação no deserto alimentou seus ancestrais, dia após dia. E Jesus acrescentou: "Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os antepassados de vocês comeram e mesmo assim morreram. Quem come deste pão viverá para sempre" (Jo 6:58 - NTLH).

O sacerdote precisava se alimentar diariamente e nós, os salvos, que somos "sacerdotes reais", também temos essa necessidade.



4. Fortalecimento para o Testemunho

Aqueles que já se alimentaram do "pão da vida" (salvação) e do "pão diário" (Palavra de Deus) devem também testemunhar publicamente a sua fé e comunhão, com Deus e com Seus filhos, participando do "pão da ceia" (Corpo de Cristo). "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim" (Lc 22:19).



• Não devemos ter vergonha de confessar, em alto e bom som, que "sem Cristo não vivemos". Ele é a nossa "comida", dEle é que vem a força, a disposição e a coragem para enfrentar a vida de cabeça erguida. Nós comemos desse "pão", e esse "pão" passa fazer parte essencial de nossas vidas.



CONCLUSÃO

Embora os pães representassem Deus, Seu sustento e Sua instrução - algo que só Ele pode dar - cabia aos sacerdotes o dever de oferecer pães santificados, isso é, segundo a prescrição de Deus. Da mesma forma, quando apresentamos Jesus, o pão da vida, por nosso testemunho de vida ou por nosso ensino, devemos fazê-lo com honra e respeito (Jr 48:10). Uma geração inteira foi condenada por profanar a "mesa do Senhor" (Ml 1:6-10, 14). A "Mesa do Senhor" é solo sagrado; quem dela participa é abençoado. E um dia, com a graça de Deus, nos assentaremos com Ele à Sua mesa no Céu e cearemos com Ele, face a face -"Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro..." (Ap 19



O CANDELAlBRO



Texto Básico: Êxodo 25:31-40; 37:17-24

Texto Devocional: Salmo 84:1-12



Versículo Chave: "De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. - Jo 8:12



Objetivo: O aluno entenderá o sentido espiritual subjacente no candelabro de ouro.



Introdução



Nesta mensagem, vamos descobrir o conteúdo essencial das figuras usadas por Deus, com referência ao candelabro. Assim, vamos ver qual o propósito inicial do candelabro no tabernáculo, e que símbolo ele representa, ou seja, seu conteúdo espiritual. Mediante essa figura, Deus está descrevendo a Si mesmo e aqueles que O seguem.



l - O CANDELABRO

O candelabro era de ouro puro. A haste e os seus braços eram uma só peça maciça. Davam suporte a sete lâmpadas de azeite', as quais forneciam a luz na escuridão do lugar. Sacerdotes constituía em acender e espevitar essas sete lâmpadas (Lv 24:1- 4). Cada lâmpada recebia o seu cuidado. A parte queimada do pavio não dava luz. O que o sacerdote devia fazer então era remover a sujeira. A atividade e a diligência dos sacerdotes eram necessárias para manter acesas as lâmpadas. Tudo o que pudesse impedir o livre curso do azeite que produzia a luz deveria ser continuamente removido. Dessa forma também, um crente cuja vida está obstruída pela impureza não dá luz.



Para reflexão: A luz de sua vida cristã está brilhando como uma lâmpada de 300 watts? De 100 watts? De 20 watts? É você que deve regularmente manter limpa a sua lâmpada. O que você precisa fazer para que o azeite do Espírito flua mais livremente em sua vida?



II - DEUS É LUZ

Deus estabeleceu o castiçal ali para que fosse uma demonstração de Si mesmo, pois Ele é Luz (Tg 1:17).

O castiçal era necessário, porque os sacerdotes de Deus tinham necessidade de luz. E nós a temos em Cristo (Jo 9:5). Só Jesus é "a luz do mundo" e só quem O segue "fera a luz da vida" (Jo 8:12). A figura do candelabro aponta para a pessoa de Jesus.



1. Jesus é luz

Jesus escolheu as figuras simples para descrevê-lo, a fim de que as mentes

mais modestas pudessem compreender. Jesus Se comparou à água, quando exclamou: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (Jo 7:37). Noutra ocasião Ele declarou: "Eu sou o pão da vida" (Jo 6:48). Em Jo 8:12, Ele afirmou: "Eu sou a luz do mundo". Jesus é muito mais do que cada um desses elementos. Porém, eles apontam para o que é básico para a nossa existência. O que seria de nós sem a água, sem o pão, sem a luz, isso seríamos nós sem o nosso Senhor.



2. Jesus não tem variação nem sombra de mudança (lg l: l 7)

Ele é sempre o mesmo, biilli.indo sem (c-ss(ir. Ele é aquele em quem podemos depositar nossa total confiança. Um coração que comunga com Jesus, sente a segurança de uma relação duradoura e firme, pois sabe que Seu amor não muda e que Sua misericórdia dura para sempre.



Ill - OS LUZEIROS DO MUNDO

Os candeeiros também representam o povo de Deus na terra. Assim, Cristo, que é a luz do mundo, dá a Seus discípulos o mesmo título (Mt 5:14) e responsabilidade. Sendo Jesus a luz, o mesmo se passa com os crentes que estão unidos a Ele: devem resplandecer como luzeiros no mundo (Fp 2:15-16). Que isto significa para o cristão? Pelo menos quatro coisas.



1. O cristão deve se manter incontaminado

Dos elementos naturais a luz é o que melhor representa a pureza. Olhando para a água cristalina, poderíamos iludir-nos pensando que fosse ela o mais perfeito símbolo da pureza. Se a filtrarmos, geralmente revelará que não é tão pura como parece. Já não acontece o mesmo com a luz - a que vem do sol é pura. Cai sobre charcos imundos, penetra em águas pútridas, contudo nunca se contamina. É o símbolo mais adequado que a natureza nos oferece do que é puro. Com isso, Jesus está ensinando que mesmo estando em contato com o mundo não devemos nos deixar contaminar por ele.



2. O cristão deve se manter em constante atividade

A luz é resultante dos movimentos vibratórios de um corpo luminoso, esclarece-nos a Física. Quer dizer que na sua própria natureza ela é atividade. Além disso, propaga-se com a assombrosa velocidade de 300.000km/s.

Jesus escolheu a luz para indicar o caráter dos fiéis. Com isso, Ele quer nos ensinar que o cristão não pode ser ínativo. É um contra-senso imaginar que alguém pretenda ser luz e cruze os braços diante das necessidades de um mundo cheio de problemas e oportunidades.





3. O cristão está no mundo para espalhar conhecimento

O conhecimento é luz, quanto mais exato for, mais luz haverá sobre os fatos da vida. Se não houvesse luz, como poderíamos conhecer as belezas que há nos campos, nas flores e no mundo em geral? O nosso conhecimento se restringiria por completo se a luz que há no mundo desaparecesse. Essa é exatamente a função do cristão no mundo, a de transmitir ao próximo os conhecimentos a respeito das verdades do Evangelho.

Agora um teste: quantas pessoas já conheceram o Evangelho por seu intermédio? Atualmente, o que é que estamos fazendo para levar a Luz da Vida às almas perdidas?



4. O cristão vive para irradiar bênçãos

As plantas precisam de luz e, sem ele, não se desenvolvem. A medicina moderna usa notáveis métodos para a aplicação de luz na cura do organismo. Nesse sentido, ser luz significa semear bênçãos constantemente. Ao nosso redor, existem oportunidades imensas para que pratiquemos o bem. Em muitos casos, o bem se faz mesmo sem auxílio financeiro: uma palavra de encorajamento, às vezes, basta para

levar um pouco de luz a uma alma que sofre.



CONCLUSÃO

Jesus disse: "Vós sois a luz do mundo. Assim brilhe também a vossa luz, diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:14-16).



O ÓLEO DA UNÇÃO

Texto Básico: Êxodo 30:22-33

Texto Devocional: Salmo 45:1-17

Versículo Chave: "Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do períumista; este será o óleo sagradoda unção"- Êx 30:25.

Objetivo: Ao estudar sobre o óleo sagrado do tabernáculo, o aluno entenderá o assunto "unção", aplicado também aos nossos dias.



Introdução

O óleo da santa unção, usado no tabernáculo, ressalta um tema importante: a relação entre o objeto e aquele que o usa. Destaca a importância de entender que utensílios ou pessoas ungidas são santificadas ou separadas por Deus e para Deus.



Além disso, temos aqui uma boa oportunidade para conversarmos sobre um assunto importante. Porque o termo "unção" tem sido enormemente usado no meio evangélico hoje; então, devemos aproveitar esta lição e estender o assunto, para uma maior e melhor compreensão do que significa ungir e ser ungido.



l - BREVE HISTÓRICO E ANÁLISE DO TERMO "UNÇÃO"

Usando dicionários e enciclopédias teológicas, vamos conhecer um pouco da história da unção.

1. Raízes

Ungir, do latim ungere, significa "untar" e "untar", do latim unctu é óleo, gordura ou banha. Por isso que "ungir” é sinónimo de "untar com óleo ou com unguento”.



2. No Antigo Testamento

Sabendo que a ideia de unção vem desde o Antigo Oriente, onde o costume de ungir pessoas ou objetos com óleo simples ou perfumado era generalizado e tinha propósitos medicinais, cosméticos e de conservação, podemos entender no A.T. o uso do azeite, que era frequentemente aplicado após o banho (Rt 3:3; SI 104:15; Ez 16:9), nas feridas (Is 1:6; d. Lc 10:34) e nos cadáveres (Gn 50:2, 26). Óleos especialmente preparados também eram usados para ungir a cabeça (SI 23:5).



3. No Novo Testamento

Existem dois termos gregos para "ungir" no Novo Testamento.



a) O termo "aleito", traduzido por "ungir", é usado no sentido literal, isto é, refere-se à ação física de ungir, praticada exclusivamente sobre pessoas:



Para o cuidado do corpo Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, (Mt 6:17);



Como sinal de honra a um hóspede E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. (Lc 7:38;



Para honrar os mortos E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. (Mc 16:1); e



Para curar os enfermos Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; (5:14).



Que dizer da unção feita aos doentes em Tg 5:14 Antes de tudo é preciso saber que o verbo ungir neste versículo não têm conotação cerimonial.



A palavra usada para este fim é outra. O verbo usado por Tiago descrevia a aplicação pessoal de ungüentos, loções e perfumes que, em geral, tinham uma base de óleo. Tiago está usando um termo que ocorria muitas vezes nos tratados de medicina. Então, o que Tiago queria com o uso do óleo era medicinal e não espiritual. “Tiago simplesmente disse que fosse aplicado óleo no corpo (frequentemente usado como base de misturas de várias ervas medicinais), e que se fizesse oração”. O que Tiago defendia era o emprego da medicina aceita e consagrada. Nessa passagem, ele apregoou que as doenças fossem tratadas com recursos médicos, acompanhadas de oração. Ambos os elementos devem sem usados juntos; nenhum devem excluir o outro.



Pr. Humberto Oliveira: “Não cremos que aqueles que hoje em dia ungem os enfermos antes de orar estejam errados em sua prática, mas apenas lembramos duas coisas”:



(1) Que o uso do óleo é simbólico, no sentido de representar a presença do Espírito Santo, porque sabemos que o óleo é um dos símbolos do Espírito (Lc 4:18; Hb 1:9);



(2) Que o enfermo é curado pela "oração da fé" (Tg 5:15), e não

pelo óleo. O próprio Jesus curou muitos enfermos sem ungi-los (Mt 8:16; 9:6-8), chegando a afirmar que em Seu nome "se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Mc 16:18), e não mencionou "ungir". Queremos simplesmente afirmar que há muitas curas sem uso de "unção", pois o que cura é o poder de Deus e não o do óleo. E isto deve ser usado para eliminar qualquer misticismo sobre o óleo.



b) O segundo termo grego é "chrio", que literalmente significa "tocar levemente a superfície", "pintar". O substantivo "unção", no grego chrisma, originalmente significava tinta, cal, óleo. O nome "Cristo" significa "Ungido" (Lc 4:18; At 4:27; 10:38; Hb 1:9). "Unção" só aparece três vezes no N.T. (1 Jo 2:20,27). Nestes textos o apóstolo João está se referindo ao Espírito da Verdade que dá aos filhos de Deus a capacidade de entender os ensinamentos de Jesus Cristo, afinal, "nós, porém, temos a mente de Cristo" (1 Co 2:16). Ao seguir a Jesus e permanecer nEle (1 Jo 2:28), o crente recebe uma participação na unção messiânica que Jesus recebeu. Portanto; ao receber o Espírito Santo, no ato da conversão, os filhos de Deus recebem a unção (o Espírito Santo) para a nova vida (Cl 4:6; Rm 8:9). Desta forma aprendemos que o termo unção no Novo Testamento refere-se à presença do Espírito Santo no coração do filho de Deus, e não ao poder para efetuar serviço no reino de Deus, como o termo tem sido muito usado hoje.



II - O ÓLEO DA SANTA UNÇÃO NO TABERNÁCULO

Vejamos o capítulo 30 de Êxodo.

1.0 Autor do óleo sagrado (ÊX 30:22-25)

"Disse mais o Senhor a Moisés" (v.22). Este primeiro versículo prepara-nos para todo o detalhamento da manufatura do óleo sagrado. Moisés está nos mostrando a importância que este óleo tinha para Deus.

E interessante notar que Deus determina não somente quais seriam as especiarias, que o texto menciona como "das mais excelentes" (mirra, cinamomo, cálamo, cássia, etc.), mas também á medida de peso de cada uma delas. Assim, podemos dizer que o óleo sagrado era uma mistura de azeite de oliveira com excelentes especiarias - uma mistura fina e muito aromática.



2. Os usos do óleo sagrado (Êx 30:26-30)

"Com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e a mesa com todos os seus utensílios... tudo o que tocar nelas será santo. Também ungirás Arão e seus filhos e os consagrarás para que me oficiem como sacerdotes".



Esta passagem indica que não somente Arão e seus filhos foram ungidos, mas também o tabernáculo e toda a sua mobília. Toda esta unção tem o propósito de consagração, pois "tudo o que tocar nelas será santo." O efeito era o de comunicar "santidade" ao que nelas tocasse, separando-o para o serviço de Deus. Por isso é que somente o sacerdote poderia tocar na mobília do tabernáculo.



Lembremo-nos de que o que faz o óleo ficar santo não são os seus "ingredientes", mas a palavra do Senhor que foi dada a Moisés. Isso nos ensina que o que consagra ou amaldiçoa objetos não são eles em si, mas o que ou quem está por traz deles.



3. A exclusividade do óleo sagrado (Êx 30:31-33)

"Dirás aos filhos de Israel: Este me será o óleo sagrado... não se ungirá com ele o corpo do homem que não seja sacerdote, nem fareis outro semelhante, da mesma composição; é santo e será santo para vós outros". A unção era um sinal da presença divina sobre os objetos e da escolha de Deus sobre o sacerdote.



Somente as pessoas autorizadas por Deus devem ocupar-se com as coisas de Deus. Hb 5:4 diz: "Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão".



CONCLUSÃO

Certamente, a principal importância do óleo da santa unção é o fato dele apontar para o Messias-Ungido. Pois Ele ouviu uma voz do céu: "Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!" (Mt 3:17 - NTLH).



A maior e mais importante unção de Deus sobre alguém foi endereçada a Jesus de Nazaré. Ele mesmo disse: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor" (Lc 4:18-19).





O ALTAR DO INCCNSO

Texto Baseco: Ex 30.1-10

Texto Devocional: Hb 7.20-28

Versículo Chave: Motivar o aluno a se tornar um intercessor de seus irmãos e amigos, além de desfrutar ao máximo das conquistas de seu Mediador.

"Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles."-Hebreus 7:25 .



Objetivo: Motivar o aluno a se tornar um intercessor de seus irmãos e amigos, além de desfrutar ao máximo das conquistas de seu Mediador.



Introdução

Dentro do Lugar Santo, como já vimos em mensagens anteriores, havia três móveis e o Véu que o separava do Lugar Santíssimo. O primeiro móvel por onde passava o sacerdote era a mesa da proposição, onde buscava forças para desempenhar bem a sua missão. Depois ele se incumbia da tarefa de reabastecer o candelabro com azeite puro, colocando em ordem a chama de suas sete tochas. A mesa dos pães e o candelabro ficavam um de frente para o outro, em alusão ao fato de que o alimento espiritual (ensino) de que os filhos de Deus tanto precisam só tem valor se for iluminado pelo Senhor.



O ultimo passo do sacerdote, no Lugar Santo, era se achegar perante o Altar do Incenso, que ficava junto ao Véu, para interceder em favor do penitente (ofertante), que estava lá fora, aguardando a resposta de Deus ao lado do Altar do Holocausto.



l - A FUNÇÃO DO ALTAR DO INCENSO

E disse ainda o Senhor a Moisés: "Farás também um altar para queimares nele o incenso; de madeira de acácia o farás... De ouro puro o cobrirás..." (Êx 30:1, 3a). Diferente da Mesa dos Pães da Proposição, que era retangular, esse móvel eraquadrado, medindo 45 cm de comprimento por 45 cm de largura; sua altura era de 90 centímetros (conforme Êx 30:2 - NTLH). Ali seria o local das intercessões pelo povo de Deus, tendo na fumaça aromática do incenso um símbolo das orações feitas ao Senhor. Diariamente, pela manhã e ao fim da tarde, o Altar do Incenso era reabastecido (Êx 30:7,8), para o ofício contínuo de intercessão. Somente o sacerdote tinha a permissão de queimar incenso ao Senhor, e não podia ser qualquer incenso. O que eles usavam era um composto bastante perfumado e muito caro, cuja fórmula tinha sido dada por Deus a Moisés e Arão (Êx 30:34-37), de maneira que seu uso era exclusivo para o serviço de Deus. Quem dele se apropriasse para uso particular seria executado (Êx 30:38). Segundo o texto mencionado, os ingredientes deste composto aromático eram:



1. Estoraque - Um óleo semelhante à mirra, também chamada benjoim,

com certas resinas odoríferas, usadas na preparação de perfumes.

2. Onicha - Perfume feito da queima da parte fibrosa de certas conchas de um molusco do Mar Vermelho.

3. Gálbano - Resina aromática extraída de plantas persas do mesmo nome.



4. Incenso puro - Era uma goma resinosa extraída de plantas do sul da Arábia. Foi esse um dos presentes ao menino Jesus, como símbolo de seu ofício sacerdotal (Mt 2:11).

5. Sal puro - Não se sabe ao certo a utilidade do sal nessa mistura; talvez fosse empregado para provocar uma fumaça branca e simbólica; talvez a sua qualidade como conservante e condimento acrescentassem alguma virtude à mistura.



Nas quatro pontas do Altar do Incenso havia quatro elevações, chifres, semelhantes às que se encontravam nas quatro pontas do Altar do Holocausto (Êx 37:25,26). Na Biblia em muitas passagens, a figura do chifre é uma representação de podeir (Poder divino: Ap 5:6; Poder maligno Dn 7:24,25; Ap 17:12,13). No Altar do Holocausto os chifres enfatizam o "poder do sangue". No Altar do Incenso os chifres proclamam o "poder da oração". Naqueles chifres o sumo sacerdote (no dia da expiação) aspergia um pouco do sangue da oferta pelo pecado, ao ministrar sua intercessão (Êx 30:10).



A posição em que o Altar do Incenso havia sido posto no interior da tenda também tinha um significado especial. Ele deveria estar sempre encostado no Véu que separava os dois ambientes do tabernáculo, bem de frente para a Arca da Aliança (perante o Senhor). Isso porque o ministério de intercessão estava diretamente ligado à Pessoa de Deus. O autor da carta aos Hebreus (9:3,4) menciona que o Altar do Incenso pertencia à Arca da Aliança, que estava atrás do Véu. Não está dizendo que o Altar estivesse no Lugar Santíssimo, mas que o seu ministério estava intimamente relacionado com aquele lugar.



II - OSIGNIFICADO DO ALTAR DO INCENSO

O incenso queimando simboliza a oração. O Altar do Incenso e o serviço que nele se realizava tipificavam o Senhor Jesus Cristo como nosso intercessor (Jo 17:1 -26; 1 Tm 2:5; Hb7:25).



1. O Altar de Incenso aponta para o sacerdócio de Cristo

Diversos textos no Novo Testamento .apresentam )esus Cristo como intercessor.



a. Lc 22:32 — Ao dizer a Simão Pedro "Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça" o Senhor estava declarando que a intercessão dEle em favor do frágil discípulo faria toda a diferença.

b. João 17 - Na tão conhecida oração sacerdotal, nosso Senhor intercede pêlos discípulos rogando ao Pai que lhes conceda proteção, gozo e santificação (Jo 17:6-19); e para a Sua Igreja, unidade, testemunho e amor (Jo 17:20-26).

c. Rm 8:34 - O apóstolo assevera que Cristo "está à direita de Deus, e também intercede por nós". Charles Hodge lembrou que o próprio fato dEle encontrar-se à direita do Pai é uma prova de que completou Sua obra expiatória; e Sua intercessão significa que Ele continua a garantir para o Seu povo os benefícios trazidos pela Sua morte.

d. Hb 4:14 -16 - Este verso faz duas importantes declarações acerca do "intercessor" Jesus Cristo. A primeira delas é que Ele é um Sumo Sacerdote vitorioso, pois "penetrou os céus" (Hb 4:14), o que significa que chegou até a presença do Pai. Segundo, Ele é









compassivo, porque Se compadece das nossas fraquezas (Hb 4:15), até mesmo porque Ele foi tentado em todas as coisas. Vá confiante ao trono da graça, porque lá está Alguém que realmente Se preocupa com você!



Ele intercede continuamente por nós (Rm 8.34); ele é o nosso mediador (I Tm 2.5); ( IJo2:1). E nós, de fato, precisamos de Seu socorro como Advogado permanente, visto que o tentador não se cansa de nos acusar, diante de Deus (Ap 12:10).



2. O Altar de Incenso aponta para o sacerdócio do cristão

Num certo sentido, o Altar do Incenso também traz um ensinamento aos cristãos, à medida em que fomos feitos "sacerdotes do Rei Jesus", nesta nova aliança (1 Pé 2:9). O que quer dizer "sacerdotes reais", senão que devemos nós também desempenhar um ministério de intercessão? Afinal, é bom lembrarmos que "muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5:16b). Assim sendo, cabe a nós interceder:

• pêlos irmãos (Ef 6:18; Tg 5:14,16)

• pela liderança da igreja (2 Co 1:11;Rm 15:30)

• pelos que vão ser salvos (Rm 10:1)

• pelos que nos perseguem (Lc 6:28; Mt 5:44)

• pelos governantes (1 Tm 2:1,2)

• pelo crescimento do Reino (Mt 9:38)

• por nós mesmos (Lc 22:40; Rm 12:12)

Somos chamados para exercitar o ministério da intercessão, e isso é uma grande honra, por ser o ministério de Cristo. Deus deseja fazer de nós uma espécie de "incenso", de maneira que nos tornemos "... o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem" (2 Co 2:15).



Ill - A TRANSITORIEDADE DO ALTAR DO INCENSO

Enquanto o povo de Deus estava aprendendo a conhecer e se relacionar com Deus, o Altar do Incenso ocupou um papel de extrema importância na vida de Israel. Ele era o único caminho possível para chegar perante Deus e ser por Ele aceito. Deus estava representado na Arca da Aliança (Lugar Santíssimo) e o Altar do Incenso, que representa as oraçõc-s, ficava na sala ao lado (Lugar Santo).



Agora, a verdade no íntimo (SI 51:6), o espírito quebrantado e o coração compungido e contrito (SI 51:17), além da adoração em espírito e em verdade (Jo 4:24), são os aromas mais suaves que o Pai celestial quer sentir na vida de cada um de seus filhos.



CONCLUSÃO

Jesus não somente abriu o caminho, como Ele mesmo é o Caminho, Ele é a Porta, Ele é Quem nos leva até a presença do Pai, Ele é o nosso Mediador, Ele intercede por nós, Ele é a verdade e Ele é a vida. O Altar do Incenso e tudo mais que havia no tabernáculo não passavam de símbolos; nada mais que uma sombra daquilo que Ele haveria de fazer por nós. O apóstolo Paulo confirma que a entrega que Jesus fez de Si mesmo por nós subiu como "oferta e sacrifício a Deus em aroma suave" (Ef 5:2).



O SACCRDOCIO NO TABCRNÁCULO

Texto Básico: Êxodo 28:1-43

Texto Devocional: Hebreus 9:11-22



Versículo Chave: "Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção'' Hb 9:11-12.



Objetivo: O aluno entenderá a importância do Sacerdócio de Jesus Cristo na mediação entre Deus e o homem.

Introdução



O sacerdote, no Velho Testamento, era tido como o mensageiro do Senhor. Diz o profeta: "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos exércitos (Ml 2:7). No Novo Testamento, Pedro descreve a natureza do Sacerdote pelo duplo encargo e serviço do testemunho e do sacrifício de modo mais geral: da palavra e do culto (1 Pé 2:1-10). Essas duas palavras têm em comum a função de mediador na seguinte ordem:



• o sacerdócio levítico

• o sacerdócio de Cristo

• o sacerdócio dos crentes



l - O SACERDÓCIO LEVÍTICO

O papel do sumo sacerdote no Velho Testamento era determinado por três elementos.



1. O chamamento e eleição de Deus

Este elemento fala do privilégio de entrar no Santo dos Santos e da prática da reconciliação (Lv 16:1-18; Nm 18:1): "Disse o Senhor a Arão: Tu e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a iniquidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio".



2. O sacerdócio também faria parte da esperança messiânica

No Salmo 110:4 o rei recebe a saudação no dia da coroação como "Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque".



3. A reunião da realeza e do sacerdócio em uma só pessoa

"ele mesmo edificará o templo do Senhor e será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios" (Zc 6:13).



Para resumir, estes três elementos do sacerdócio levítico no fala de:

(1) reconciliação;

(2) esperança;

(3) governo.



II-O SACERDÓCIO DE CRISTO

A teologia do sacerdócio de Cristo foi elaborada pelo escritor da carta aos Hebreus. A profunda impressão produzida por Sua vida obediente, cheia de misericórdia e de consagração a Deus, e por Sua morte, vista à luz de Sua ressurreição e exaltação, bem como a revelação vetero-testamentária sobre Melquisedeque (Gn 14:17-20; SI 110:4), são os elementos que determinam a concepção de Hebreus sobre o Sumo Sacerdócio de Cristo.



1. A descrição de Cristo como sacerdote

O autor de Hebreus usa uma série de palavras e frases para descrever Jesus como Sumo Sacerdote, superior ao sacerdócio levítico:



• Jesus é santo;

• Jesus é inocente;

• Jesus é sem mancha;

• Jesus é sem pecado;

• Jesus é mais sublime que o céu.



2. A superioridade de Cristo como sacerdote

A grandeza do Sumo Sacerdócio de Cristo aparece na Sua superioridade sobre o sacerdócio levítico e sobre qualquer outro sacerdócio terrestre. Com o sacerdócio de Cristo, Deus põe os fundamentos e o início de uma nova ordem de culto, que está sob a luz da consumação final e da escatologia cristã. Este sacerdócio real traz:



(1) paz (Is 9:5-6)

(2) justiça (Jr 23:5)

(3) perfeição (Hb 9:14)

O Sumo Sacerdote Cristo é perfeito sob qualquer aspecto. Ele tem toda a perfeição pessoal e moral que O torna apto para o culto perfeito.



Ill - O SACERDÓCIO DOS CRENTES

O sacerdócio universal dos fiéis tem base no Antigo Testamento. Êx 19:6: "vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel".



É um sacerdócio que pertence ao Deus-rei e que participa de sua Santidade. Para o tempo da salvação os profetas anunciavam que Israel seria um povo sacerdotal, e que todos exerceriam funções sacerdotais: "Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus..."(Is 61:6).



Pedro buscou, sem dúvida alguma, a doutrina do sacerdócio nessas indicações do Antigo Testamento quando afirmou: "Vós, porém, sois raça eleita, Sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz" (1 Pé 2:9).



O serviço sacerdotal dos crentes é realizado por meio de Jesus Cristo. Ele é o único mediador e sacerdote da Igreja.



Para resumir, o sacerdócio dos crentes é um trabalho de:

(1) reconciliação (2 Co 5:18);

(2) consolo (Rm 12:13-15);

(3) estímulo (Gl 6:2).



CONCLUSÃO

O sacerdócio no tabernáculo era um dom de Deus para um povo que, por natureza própria, estava distante e necessitado de alguém que aparecesse, em seu nome, continuamente na presença do Senhor. Este é o princípio do ofício sacerdotal. Enquanto o ofício profético traz a palavra de Deus ao pecador, o ofício sacerdotal levava o pecador à presença de Deus. O profeta fala: "Assim diz o Senhor" ou "veio a mim a palavra do Senhor dizendo"; o sacerdote intercede: "tem misericórdia do pecador!".

• Hoje, tanto os crentes intercedem uns pêlos outros, como o Espírito Santo intercede por todos nós perante ao Pai. Que verdades maravilhosas!



DA INAUGURAÇÃO À CXTINÇÃO DO TABERNÁCULO



Texto Básico: I Reis 8:1-11 Texto Devocional: Salmo 27:1-14

Versículo Chave: "Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor" I Rs 8:10-11.



Objetivo: Fazer uma viagem por algumas páginas da Bíblia e conhecer melhor o trajeto do tabernáculo até que cedeu lugar ao Templo.



Introdução

Falar da história do tabernáculo, desde o dia em que Deus deu a ordem a Moisés até a sua extinção e, também, sua substituição pelo templo é o mesmo que fazer uma viagem pela história do povo de Israel, começando pelo Antigo Testamento até chegar ao Novo.



A palavra tabernáculo quer dizer fenda (local de moradia). É verdade que temos cerca de nove palavras hebraicas e quatro gregas que são usadas na descrição dos locais de adoração como tabernáculo e templo, mas todas elas têm esse conceito.



Hoje, nós somos o tabernáculo - somos a habitação do Senhor (Jo 14:23; Rm 8:16; Gl 4:6). Por isso, estudar as várias fases do tabernáculo pode nos ensinar, nos desafiar e nos corrigir sobre essa benção tão grande que é ser templo do Espírito Santo.



l - A ADORAÇÃO ANTES DO TABERNÁCULO

Os patriarcas não tinham templo, nem tabernáculo, mas já adoravam ao Senhor e lhe ofereciam sacrifícios. Havia vários locais de culto em Canaã: Siquém, Betei, Hebrom e Bcrscba. Nenhum deles era fechado. Tinham ou uma pedra ou uma árvore sagrada além de um altar.



Embora essa base fizesse parte da cultura dos cananitas, os patriarcas cultuavam ao Deus verdadeiro e celebravam o aparecimento do Senhor em suas vidas. Veja Gn 18:1 -8; 28:10-19; 33:18-20.



II - O PRIMEIRO TABERNÁCULO (Êx 33:1-23)

A primeira tenda foi provisória, construída rapidamente pelo povo. Seu oficiante principal era Moisés. Ele fazia todos os serviços. Essa barraca provisória foi construída logo após o incidente do bezerro de ouro. Não tinha nenhum ritual oficial nem sacerdócio, mas era um local onde podiam consultar e ouvir o Senhor por intermédio de Moisés. Cada um ficava olhando para Moisés da porta de sua tenda. Quando Moisés entrava, a coluna de nuvem baixava sobre a barraca e cada pessoa, da porta da sua tenda, adorava ao Senhor.



E lá, naquela tenda simples, Moisés ouvia o Senhor. "Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda" (Êx 33:11).



Essa tenda foi o símbolo da presença de Deus e do relacionamento de Deus com seu servo. Hoje, temos livre acesso a Deus e não precisamos de uma tenda para aprofundar nossa comunhão com Ele.



Ill - OTABERNÁCULO ORDENADO A MOISÉS

Esse é o tabernáculo que temos estudado durante todo essa série. Ele foi usado pelo povo enquanto peregrinava pelo deserto até a construção do templo. Cálculos aproximados nos dão a data para a peregrinação de 1450 a.C, o que dá a esse tabernáculo uma duração de 500 anos, até o templo, no reinado de Salomão (950 a.C.).



Esse tabernáculo foi o resultado da renovação da aliança que Moisés fez com o Senhor naquele tabernáculo provisório que acabamos de estudar.



Deus ordenou a construção do tabernáculo com o objetivo principal de manifestar Sua presença no meio do povo. O tabernáculo era o centro da comunhão com Deus, onde Seu povo recebia perdão, adorava e cumpria o que o Senhor havia ordenado.



IV - O TABERNÁCULO NA TERRA PROMETIDA

Na época dos juizes, tendas e locais de adoração foram estabelecidos por todo o país: Gilgal, Silo, Betei, Da, Mispa, Ofra, Hebrom, Belém, Nobe e outros lugares de menor importância. Durante o mandato de Eli, o tabernáculo e a arca estavam em Silo. Mas numa batalha contra os filisteus os Israelitas levaram a arca para o campo de batalha e ela foi raptada pêlos inimigos (I Sm 4:1-11). Quando a arca foi recuperada, ela provavelmente ficou em Quiriate-Jearim (I Sm 7:1-3) até a construção do tabernáculo de Davi. No tempo de Samuel havia cultos e sacrifícios em Mispa e em outros lugares (I Sm 7:6; 9:12; 10:3; 20:6).



V - O TABERNÁCULO DE DAVI

Embora não fosse propriamente um tabernáculo completo, Davi construiu uma tenda em Jerusalém para abrigar a arca de Deus (II Sm 6:17 e II Cr 1:4), que durante um tempo ficou na casa de Abinadabe (I Sm 7:1; II Sm 6:3). Isto aconteceu quando ele conquistou Jerusalém, provavelmente no ano 1000 a.C.. Davi colocou esse tabernáculo no Monte Sião (1 Cr 15:1; 16:1; 2 Sm 6:1 7).

Nessa época, os utensílios essenciais do tabernáculo estavam distribuídos entre Jerusalém e Gibeom (2 Cr 1:2-6), mas depois de pronto o templo toda a mobília do tabernáculo foi reunida e Jerusalém ficou sendo o verdadeiro centro do culto divino (Dt 12:13-14; Jo 4:20).



VI - O TABERNÁCULO CEDE LUGAR AO TEMPLO

O templo foi planejado por Davi, mas construído por Salomão. Talvez esse tenha sido o maior projeto arquitetônico inaugurado em Israel desde os tempos mais antigos. Salomão teve de contratar trabalhadores estrangeiros, além de comprar materiais que Israel não tinha à disposição em sua terra (1 Rs 6:1-5). Salomão, com a riqueza que tinha, mais a mão de obra contratada e o material importado, construiu segundo o projeto de Davi, seu pai. O templo demorou cerca de sete anos e meio para ser concluído e inaugurado.



Esse foi o primeiro templo na história de Israel. Foi construído no Monte Moriá, local de vários acontecimentos importantes, como o sacrifício de Isaque. Para construir o templo no monte muito trabalho teve de ser feito na preparação antes de começar a construção propriamente dita. O lugar teve de ser nivelado em uma área suficiente



A planta do templo era igual a do tabernáculo, mas com as medidas duplicadas. O templo tinha uma varanda ou vestíbulo (I Rs 6:3), a nave ou o santo lugar, que ficava virada para o leste, e o Santo dos Santos (l Rs 8:6). Na varanda havia duas colunas que estavam na entrada do templo. Elas eram feitas de bronze oco. As paredes internas eram cobertas com cedro do Líbano e revestidas com ouro puro. O Santo dos Santos continha a arca da aliança. Esses lugares eram separados por portas de madeira. Havia pequenas diferenças n.is distribuições dos utensílios, m.is o padrão geral continuou o mesmo do tabernáculo.



O templo era cerca por dois pátios interno e externo. O pátio interno era reservado aos sacerdotes. Lá ficavam o altar de bronze (2 Cr 4:1), as bacias e o local para as purificações rituais (2 Cr 4:6). O pátio externo era onde o povo podia circular, e é provável que houvesse várias construções neste pátio.



O objetivo principal do templo era centralizar o culto a Jeová em Israel, ensinando e incentivando os israelitas a adorarem somente ao Deus verdadeiro. O programa de adoração no templo era extremamente organizado e complexo. Hoje, o Espírito habita em você, você é templo do Senhor!



O templo de Salomão foi destruído pêlos Babilónios em 587 a.C. e o segundo templo foi construído no mesmo local em 515 a.C. Esse templo era chamado de segundo templo ou de templo de Zorobabel; era menor e bem modesto, comparado com o primeiro. Quando os judeus voltaram da Babilónia, encontraram uma cidade arrasada e quase nada do templo de Salomão. A construção começou encorajada pêlos profetas Ageu e Zacarias, seguia a mesma planta, mas desta vez não tinha mais a arca da aliança.



Houve ainda um terceiro templo, construído no governo de Herodes. Sem derrubar o segundo templo, Herodes fez alterações adicionais ao que já estava construído. Herodes começou o trabalho que continuou depois de sua morte. Ao todo, foram 46 anos de construção. Esse foi o maior templo, podia ser visto de qualquer lugar de Jerusalém. Para construí-lo, o rei Herodes teve de aumentar o terreno disponível, num grande trabalho de terraplanagem. Esse é o templo que aparece no Novo Testamento.



CONCLUSÃO

O tabernáculo e o templo eram para Israel o sinal da aliança entre Deus e o povo. Um sinal de que Ele era o Deus deles e eles eram Seu povo, e também um lembrete da santidade de Deus e da santidade que Deus requeria de Seu povo. Podemos aprender a tomar para nossa vida esse sinal e lembrete.



Assim como o tabernáculo era para o povo o sinal de eleição, a habitação do Espírito Santo em nós, ou seja, o fato de sermos tabernáculo de Deus, também é um sinal de nossa salvação (Rm 8:9-16). O Espírito Santo é o selo (Ef 1:13) que nos identifica como filhos de Deus e nos garante que receberemos as promessas de Deus no futuro (Ef 1:14).







O TABERNACULO E O MINISTCRIO DE JESUS

Texto Básico: Ioão1:l-14

Texto Devocional: Salmo 15:1-5



Versículo Chave: "Cristo tornou-se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dEle - a glória do filho único do Pai Celeste" -)o 1:14 (Bíblia Viva)

Objetivo: Através da descrição das partes principais do tabernáculo, o aluno entenderá a analogia com o ministério terreno de Jesus, com base nas informações do Evangelho de
oão.



Introdução

O tabernáculo era o centro do culto dos israelitas quando saíram do Egito. O modelo do tabernáculo era divino (Êx 25:40). Era um santuário móvel adaptado às emergências do deserto, que foi mais tarde substituído pelo templo de alvenaria, tempos depois da fixação dos israelitas na terra de Canaã.



Após a entrada na Terra, o tabernáculo esteve armado em Gilgal durante o período da conquista ()s 4:19-20), e foi levado mais tarde para Silo, na região central, de onde desapareceu o seu invólucro externo, mas não a sua peça principal - a arca da aliança - que, após prolongada peregrinação entre os filisteus, foi conduzida por Davi para Jerusalém e guardada numa tenda provisória. Finalmente a arca foi introduzida no templo, assim que a construção foi concluída por Salomão (2 Sm 6:17, 1 Rs 8:1).



I - O MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO NO MUNDO

A propósito do que loi dito na introdução, devemos lembrar aos alunos da Escola Bíblica Dominical que o sistema sacerdotal do A. T. era mediatório, visto que o adorador só tinha acesso ao pátio externo, sendo, dali pra frente, representado pelo sacerdote, que entrava por ele no Lugar Santo, e pelo sumo sacerdote, no Lugar Santíssimo. Os que davam plantão no lugar Santo resolviam os pecados individuais cotidiano, através de um ritual os pecadores impunham sobre a cabeça de um animal fazendo a transferência o mesmo, que em seguida era em seu lugar, com parte do sangue usado como elemento de expiação da culpa. E uma vez por ano os pecados da coletividade, de toda a nação, eram expiados pelo sumo sacerdote, no dia anual da expiação (Êx 29:10; Lv 8:14-15).



A expressão de João "no princípio" liga a necessidade da encarnação com o que ocorreu na criação. O mundo (no grego, cosmos) mudou de mão desde a queda. O homem não guardou o jardim, nem sua mulher, nem a si mesmo, por isso ele foi entregue ao maligno (1 Jo 5:19), e mergulhou nas trevas e na escuridão espiritual. O mundo é mais que um conceito espacial em João, é um conceito espiritual, palco da ação dos poderes das trevas (Jo 1:5, 3:19, 8:12, 12:35,46). A criação original se tornou caótica e a terra foi amaldiçoada (Gn 3:17; Rm 8:22), mas o processo de degeneração que se instalou desde a queda só pôde ser revertido pela encarnação do Filho e regeneração do Espírito (Jo 1:9, 3:6), através do novo nascimento (Jo 3:7). Pelo nascimento natural, ficamos nove meses na escuridão do ventre para sermos trazidos à luz, mas pelo nascimento do alto, saímos das trevas do pecado para Sua maravilhosa luz (1 Pé 2:9).



Os sinais selecionados por João (1-12) São conversas individualizadas, com Nicodemos, com a samaritana, O oficial do rei, com o doente Betesda, com a mulher adúltera, com o sego de nascença, com Lázaro, com um só objetivo: criar uma fé pessoal verdadeira em Jesus Cristo,

como o Filho de Deus (Jo 20:31). Só o crer nEle produz a vida de Deus Insuflada pelo Fspírito através da regeneração (Tt 3:4-7).



II - O MINISTÉRIO DE JESUS NO LUGAR SANTO

Os capitulos 13-17 de João mostram Jesus no Lugar Santo. O Lugar Santo no tabernáculo era iluminado pela luz artificial do candelabro, visto que não penetrava lá nenhuma luz natural, tampouco ventilação, pois não possuía janelas sobre o quádruplo cortinado que descia sobre a armação. Para não embolorar e ficar malcheiroso, os sacerdotes queimavam ali o incenso, mantendo assim o odor característico do santuário. A comparação mostra que para entrarmos como representantes de Deus no Lugar Santo, devemos abandonar a luz natural do intelecto humano e o ar que respiramos na atmosfera mundana para entendermos U coisas espirituais. É na luz do Santuário de Deus que vemos a Sua luz (SI 36:9). Ali os sac erdotei eram alimentados pêlos pães que ficavam expostos na presença de Deus (Êx 25:30).



Quando o sacerdote entrava no Lugar Santo para realizar a cerimónia, tinha sobre lua cabeça um cortinado em estofo ,azul com bordadura de querubins simulando o céu, era como se estivesse entrando na presença de Deus. Jesus sente que havia chegado a hora de passar deste mundo para a presença do Pai, no céu (Jo 13:1). Antes havia dialogado com várias pessoas a respeito da vida eterna, agora fala particularmente com o grupo seleto dos discípulos que depois seriam transformados em apóstolos, eles ficariam aqui na terra como seus embaixadores, por isso o primeiro sentimento que deveriam ter era o de solidariedade, seguido da humildade e unidade de propósito, retratados na cerimônia do lava-pés (Jo 1 3:12-20).



Para o desconforto da Sua ausência fisica, Jesus promete aos discípulos o

"paracleto", titulo dado ao Espírito Santo (Jo 14:16-17) para traduzir a natureza da Sua missão de confortar e defendê-los em Sua ausência. Além do conforto do Espírito, Jesus promete a Sua volta pessoal Jo 14:18,28)



O discurso sobre a videira (Jo 15), qualificada como verdadeira, mostra que Israel foi uma videira não verdadeira (SI 80:8-19), como também dissera o profeta Ezequiel aos do cativeiro (Ez 15:1-8), e como o próprio Jesus advertiu na parábola dos maus arrendatários da vinha do Senhor (Mt 21:33-46). O Senhor Jesus ainda lembra ao grupo a missão do Espírito para o mundo (Jo 16) e termina com a bela oração sacerdotal na qual pede a Deus a proteção deles na continuidade do testemunho (Jo 1 7).



Ill - O MINISTÉRIO DE JESUS NO LUGAR SANTÍSSIMO

Segundo o A.T., o sumo sacerdote entrava só, uma vez por ano, no Lugar Santíssimo e o povo ficava do lado de fora na expectativa de que a intercessão fosse aceita e ele não perecesse na presença do Senhor que Se manifestava no propiciatório. Aliás, o propiciatório era uma espécie de trono vazio do Senhor, de onde falava com o seu representante (Êx 25:21 -23, 28:41 -43). Jesus pressente a dureza da "via crucis" que vai enfrentar. O caminho a seguir Ele o percorre só e bebe o cálice até à última gota. O sumo sacerdote da época de Jesus fala da necessidade de Sua morte pelo povo (Jo l 1:48-53). sozinho, Jesus enfrenta uma noite terrível em Getsêmane, em seguida, a suprema corte de justiça dos judeus, depois, o tribunal civil dos romanos e por fim a crucificação (Jo 18 e 19). Antes de subir para a direita do poder nas alturas revela a Maria Madalena que não havia ainda subido para o Pai, aparece ao grupo em uma casa onde estavam trancados, dirime as dúvidas de Tomé e de Pedro, ceia com eles às margens do lago de Tiberíades. Depois sobe aos céus (Jo 20, 21).



CONCLUSÃO

O período da encarnação, segundo o Evangelho de João, durou aproximadamente uns 33 anos, período em que Deus estendeu o Seu tabernáculo com os homens.



Começou com trinta anos de silêncio de Jesus, tempo de preparação para o ministério, que durou aproximadamente três anos e meio. Segundo o A.T., o sacerdote começava aos trinta e parava aos cinquenta (Nm 4:1-4, 23, 30, 35). O tempo de duração do ministério de Jesus pode ser deduzido do fato de que João menciona a Páscoa três vezes (2:23, 13:1, 18:39). Como a Páscoa era uma festa anual dos judeus, podemos concluir que o ministério de Jesus durou no mínimo três anos. Nesse curto ministério, Jesus mostrou ao mundo que a lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Seu intermédio (capítulos 1 e 1 7 de João).



O TABERNÁCUlO NO NOVO TESTEMENTO



Texto Básico: Hb 8:1-l 3

Texto Devocional: Sl 110:1 -7

Versículo Chave: "Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem" Hb 8:1-2.

Objetivo: O aluno entenderá como o Novo Testamento faz uso da palavra tabernáculo, isto é, como o tabernáculo é usado dentro da nova aliança.



Introdução

Antes de tudo, é preciso ressaltar que ao citar características variadas do tabernáculo, o Novo Testamento está autenticando a existência desse "templo portátil" que os judeus construíram, sob mandado do Senhor, para os atos de adoração e exercício do sacerdócio durante a peregrinação pelo deserto. Assim, para os escritores do Novo Testamento o tabernáculo é história verídica. E sendo todos judeus, exceto Lucas, conheciam o Êxodo desde a infância.



Teremos agora, uma visão panorâmica do termo tabernáculo no N.T.



l - O TABERNÁCULO NOS ESCRITOS DE LUCAS

Ao falar dos escritos de Lucas, estamos nos referindo, o evangelho de Lucas e a Atos dos Apóstolos, que tem a mesma autoria.



1. No monte da transfiguração (Lc 9:33) - Este é o primeiro uso do termo. Neste episódio, Pedro diz a Jesus; “Mestre, bom é estarmos aqui; então façamos três tendas..'. O que ele estava propondo era construir abrigos ou choupanas de folhas, de uso temporário. É o mesmo termo que foi usado em outros lugares para "tabernáculo". Pedro sabia que Jesus não poderia ficar muito tempo ali, mas estava tão maravilhado que também não queria ver aquela experiência arrebatadora ir embora tão rápido.



2. Na parábola do administrador infiel (Lc 16:1-13) - No v.9 ele escreve: "Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que, quando ela acabar, estes (amigos) os recebam nas moradas eternas" (NVI). A versão Revista e Atualizada traduziu "nos tabernáculos eternos." O que o Senhor está fazendo aqui é encorajar o bom uso ou o uso diplomático das riquezas de modo que, quando elas faltarem, seja na morte da pessoa ou no fim do mundo, os "amigos" dêem as boas-vindas ao entrar nos "tabernáculos eternos", uma referência à eternidade com Deus.



3. No discurso de Estevão (At 7) – Lucas usa o termo três vezes. Ao relatar os Israelitas no deserto, cio menciona o "tabernáculo de Moloque" (At 3.43) que eles usaram para idolatria; em seguida cita o "tabernáculo do Testemunho" como o verdadeiro, feito conforme o modelo que Moisés tinha visto (At 7:44). Finalmente ele menciona Davi, que pede a Deus para deixá-lo providenciar uma morada (literalmente um "tabernáculo'') para o "Deus de Jacó" (At 7:46).



4. No Concílio de Jerusalém (At15:13-21) - Ao resumir o veredito deste Concílio, Tiago menciona o "tabernáculo caído de Davi" (v. 16), que é uma citação do profeta Amos (Am 9:11 -12). Um comentarista Howard Marshall assim interpreta esta passagem: "Esta profecia diz que Deus reedificará o tabernáculo caído de Davi, de tal modo que os demais homens possam buscar o Senhor, a saber, os gentios sobre os quais tem sido invocado o nome de Deus. É provável que a reedificação do tabernáculo deva ser entendida como referência ao levantamento da igreja como novo lugar do culto divino, que tomou o lugar do templo. A igreja, então, é o meio mediante o qual os gentios podem chegar a conhecer o Senhor".



5. Na única referência à "profissão" de Paulo (At 18:3) - A expressão "fazer tendas" podia se referir de modo mais geral a um "trabalhador em couro", visto que as tendas se fabricavam de tecido de pêlos de bodes. Paulo era um artífice de couro, durante um ano e seis meses (At 18.11) permaneceu em Corinto, onde morou e trabalhou junto com Áquila e Priscila, veste "que eram do mesmo ofício" (At 18:3). Por meio deste trabalho, Paulo evitou a dependência dos crentes em Corinto, o que lhe garantiu liberdade e autoridade (1 Co 9:8-18) para implantar a igreja do Senhor naquela cidade.



II - O TABERNÁCULO NOS ESCRITOS DE PAULO

Há somente duas ocorrências de "tabernáculo" no ensino de Paulo, ambas em II Co 5:1- 4 (a Versão Atualizada traz "tabernáculo" no verso 2, mas a palavra não aparece no texto original grego, o que em nada compromete o ensino do parágrafo). O apóstolo usa o termo "tabernáculo" referindo-se ao corpo humano, que a NVI chamou de "habitação terrena".

No texto citado cujo assunto começa em II Co 4:16), Paulo estabelece um contraste entre o tabernáculo terrestre e o tabernáculo celestial, ou seja, entre o corpo humano que é destrutível e o corpo celestial que será indestrutível; tema este que foi desenvolvido com mais detalhes pelo próprio apóstolo no capítulo 15 de I Corintios. Todavia, o que nos interessa aqui é mostrar a comparação feita entre o tabernáculo (uma tenda portátil, móvel e provisória) e o corpo humano (uma habitação também provisória), que pode ser desfeito a qualquer momento. Mas os crentes em Cristo têm, da parte de Deus, uma “habitação celestial, eterna, nos céus", uma referência claríssima ao corpo ressurreto do crente, à redenção do corpo.



Ill - O TABERNÁCULO NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS

O tabernáculo para os Hebreus era um assunto altamente familiar. As dez ocorrências estão em 8:2, 5; 9:2, 3, 6, 8, 11, 21; 11:9; 13:10.

O tema principal da epístola aos Hebreus é a superioridade da pessoa e da obra de Jesus Cristo. Em Hb 1:4 nos é dito que Jesus tem um "mais excelente nome"; e em 8:6 está declarado que nosso Senhor tem um "ministério mais excelente". Jesus Cristo é o sumo sacerdote do "verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem" (Hb 8:2). O autor estabelece um contraste entre o sacerdócio terreno e o sacerdócio celestial; entre a antiga aliança e a nova aliança. Vamos analisar os dois contrastes.



1. Sacerdócio terreno e sacerdócio celestial

O escritor de Hebreus já demonstrou que Cristo cumpre as funções comuns do cargo de sacerdote muito melhor que a linhagem de Arão. Agora, ele diz que o culto ritual do tabernáculo era apenas uma "figura" ou "sombra" das coisas celestes (Hb 8:5). As duas palavras figura e sombra expressam a ideia de uma realidade mais profunda por detrás daquilo que é visto. Por exemplo, uma cópia de uma grande obra de arte não é o objeto legítimo, mas serve para dar a ideia de como é o original. Da mesma forma, "uma sombra não pode existir a não ser que haja um objeto para lançá-la". Foi Deus quem instruiu Moisés sobre a construção de todos os pormenores do tabernáculo, mas Deus é maior que o tabernáculo. Portanto, o propósito do escritor não é o de reduzir a importância do tabernáculo, mas exaltar o Autor dele. Ou seja, "não é o de reduzir a glória da sombra, mas ressaltar a glória da substância". Daí a expressão do v.2 - "verdadeiro tabernáculo", não no sentido de que este que estudamos nesta revista seja falso, mas de que Jesus Cristo e Sua obra na cruz revelam "original" de Deus.



2. Antiga aliança e nova aliança

Hb 8:6 nos ensina que esta aliança que Deus fez em Cristo, além de ser nova, é superior. E isto se dá por duas razões.



a. A Nova Aliança é superior porque o Mediador é Superior. Quem é maior que Jesus Cristo? Moisés falava face a face com Deus (Dt 54:10; Nm 12:8; Êx 25:22; 33:11), mas isto em nada se compara com Aquele que é Deus. Jesus afirmou: "Eu e o l',li somos um" (Jo 10:30).



b. A Nova Aliança é superior porque é instituída com base em superiores promessas. O que Deus prometeu por meio de Cristo em nada se compara com as antigas promessas. Neste mesmo capítulo, o escritor cita a profecia que diz: "E/s aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais ..." (Hb 8:8-9). Você pode continuar lendo a citação profética e perceber que o que está sendo prometido é algo novo, no sentido de nunca ter existido antes. Podemos resumir e afirmar que, em Cristo, Deus está trazendo regeneração, justificação, purificação, adoção e santificação.

A conclusão a que chegou o escritor foi: "Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer" (Hb 8:1 3). No capítulo nove temos o detalhamento e a confirmação desta superior obra de Cristo na cruz.



Finalmente, em Hb 13:10 temos: "Possuímos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo". Antes de encerrar a carta, o autor novamente ressalta a diferença entre judaísmo e cristianismo. O altar que os cristãos "possuem" traz plenos benefícios que emanam da cruz para os filhos de Deus. E "os que ministram no tabernáculo" são judeus que ainda estão na velha aliança, pois o alimento que vem do altar judaico é alimento malerial (csla pode ser uma referência à l VIM ) judaica), que é "antiquado e envelhecido" (cf. Hb 8:13). Diferentemente, o alimento do altar cristão é o próprio Cristo,











IV - O TABERNÁCULO NOS ESCRITOS DE PEDRO

Em 2 Pé 1:13-14 o apóstolo usa o termo tabernáculo duas vezes. Está muito claro que o sentido é o "corpo físico", pois "estar neste tabernáculo" e "deixar o meu tabernáculo" é comparado ao montar e desmontar de uma tenda. O autor está informando aos seus leitores que sua partida deste mundo está próxima, como o próprio Senhor Jesus Cristo lhe houvera revelado. Sendo assim, a morte para Pedro é a partida da vida terrena (2 Pé 1:15) e a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador )esus Cristo (2 Pé 1:11). Nossa vida cristã é uma vida nómade, sem habitação fixa, até que habitemos eternamente em nossa verdadeira pátria ou cidade, que está nos céus (Fp 3:20; Hb 13:14).

V - TABERNÁCULO NO DE APOCALIPSE

São apenas quatro ocorrências (Ap 7:15; 13:6; 15:5; 21:3). Em todas elas o relato é cercado de lutas, esperança o glória. Analisemos brevemente cada uma.

1. Apocalipse 7:15 retrata um dos .ínclitos diante do trono, dizendo a
o.\o que Deus "estenderá Seu f.i/M'rn«ifu/o" sobre aqueles que s,m,

2. Apocalipse 13:6 mostra a besta que emerge do mar abrindo "sua boca em blasfémias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu". Blasfemar é dizer algo em relação a Deus que profana o nome divino ou viola Sua glória e sua divindade. Este Anticristo blasfemará contra aqueles que habitam no céu, que podem ser anjos, todavia, devemos incluir redimidos que dão testemunho da graça de Deus e louvam Seu nome sem cessar (Ap 4:9-11).

3. Apocalipse 15:5 descreve a visão que João tem do céu aberto e nele o "tabernáculo do Testemunho". Ele vê sete anjos com sete flagelos, que são as sete últimas pragas que estão por começar dentro da grande tribulação. Em Ap 11:19 João viu a arca da aliança no santuário, aqui ele vê o "tabernáculo do Testemunho", como era chamado no deserto (Êx 38:21; Nm 17:7). É uma recordação do lugar onde a lei de Deus era guardada, isto é, a presença das tábuas de pedra com os dez mandamentos. O santuário do tabernáculo do testemunho é aberto para permitir que os sete anjos saiam com os sete flagelos. O tempo da misericórdia de Deus se esgotou e agora a lei de Deus toma seu curso em forma de juízos, descritos em Ap 16:1-21.



4. Apocalipse 21:3 descreve o novo céu e na nova terra. A grande voz vinda do trono diz a João: "E/s o tabernáculo de Deus com os homens". Ë como se aqui tivéssemos um resumo e cumprimento do assunto "Deus habitando com seu povo". Começando pelo tabernáculo no deserto, passando pelo Templo e indo até Jesus Cristo, o verbo que se fez carne e habitou entre nós. Durante a época da Igreja, Deus mora nela, por meio do Espírito Santo, o que pode ser confirmado pela fé, e não pela vista (2 Co 5:7). No fim, tudo isto muda: a fé será transformada em visão: "contemplarão a sua face..." (Ap 22:4).



CONCLUSÃO

A meta principal do tabernáculo era preparar o povo de Deus para morar

eternamente com Ele. Deus, em Cristo, está preparando Seu povo para usufruir eternamente desta realidade: "Deus mesmo estará com eles" (Ap 21:3). Não mais um profeta, não mais um anjo, mas o próprio Deus. Como diz o mesmo João: "...seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é" (1 João 3:2). O tabernáculo era apenas uma sombra de uma maravilhosa realidade: Deus escolheu um povo para chamar de Seu, e habitar eternamente com Ele. Agora não há mais pecado e morte como barreiras a esta eterna comunhão. João ouviu uma grande voz dizendo isto, o que significa que podia ser ouvida a grande distância. Espero que você esteja ouvindo esta voz todos os dias da sua vida. Que você ouça esta voz: "A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso" (Êx 33:14).



O TABERNACULO E O MINISTÉRIO DE JESUS

Texto Básico: Ioão1:l-14

Texto Devocional: Salmo 15:1-5



Versículo Chave: "Cristo tornou-se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dEle - a glória do filho único do Pai Celeste" -)o 1:14 (Bíblia Viva)

Objetivo: Através da descrição das partes principais do tabernáculo, o aluno entenderá a analogia com o ministério terreno de Jesus, com base nas informações do Evangelho de
oão.



Introdução

O tabernáculo era o centro do culto dos israelitas quando saíram do Egito. O modelo do tabernáculo era divino (Êx 25:40). Era um santuário móvel adaptado às emergências do deserto, que foi mais tarde substituído pelo templo de alvenaria, tempos depois da fixação dos israelitas na terra de Canaã.



Após a entrada na Terra, o tabernáculo esteve armado em Gilgal durante o período da conquista ()s 4:19-20), e foi levado mais tarde para Silo, na região central, de onde desapareceu o seu invólucro externo, mas não a sua peça principal - a arca da aliança - que, após prolongada peregrinação entre os filisteus, foi conduzida por Davi para Jerusalém e guardada numa tenda provisória. Finalmente a arca foi introduzida no templo, assim que a construção foi concluída por Salomão (2 Sm 6:17, 1 Rs 8:1).



I - O MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO NO MUNDO

A propósito do que loi dito na introdução, devemos lembrar aos alunos da Escola Bíblica Dominical que o sistema sacerdotal do A. T. era mediatório, visto que o adorador só tinha acesso ao pátio externo, sendo, dali pra frente, representado pelo sacerdote, que entrava por ele no Lugar Santo, e pelo sumo sacerdote, no Lugar Santíssimo. Os que davam plantão no lugar Santo resolviam os pecados individuais cotidiano, através de um ritual os pecadores impunham sobre a cabeça de um animal fazendo a transferência o mesmo, que em seguida era em seu lugar, com parte do sangue usado como elemento de expiação da culpa. E uma vez por ano os pecados da coletividade, de toda a nação, eram expiados pelo sumo sacerdote, no dia anual da expiação (Êx 29:10; Lv 8:14-15).



A expressão de João "no princípio" liga a necessidade da encarnação com o que ocorreu na criação. O mundo (no grego, cosmos) mudou de mão desde a queda. O homem não guardou o jardim, nem sua mulher, nem a si mesmo, por isso ele foi entregue ao maligno (1 Jo 5:19), e mergulhou nas trevas e na escuridão espiritual. O mundo é mais que um conceito espacial em João, é um conceito espiritual, palco da ação dos poderes das trevas (Jo 1:5, 3:19, 8:12, 12:35,46). A criação original se tornou caótica e a terra foi amaldiçoada (Gn 3:17; Rm 8:22), mas o processo de degeneração que se instalou desde a queda só pôde ser revertido pela encarnação do Filho e regeneração do Espírito (Jo 1:9, 3:6), através do novo nascimento (Jo 3:7). Pelo nascimento natural, ficamos nove meses na escuridão do ventre para sermos trazidos à luz, mas pelo nascimento do alto, saímos das trevas do pecado para Sua maravilhosa luz (1 Pé 2:9).



Os sinais selecionados por João (1-12) São conversas individualizadas, com Nicodemos, com a samaritana, O oficial do rei, com o doente Betesda, com a mulher adúltera, com o sego de nascença, com Lázaro, com um só objetivo: criar uma fé pessoal verdadeira em Jesus Cristo,

como o Filho de Deus (Jo 20:31). Só o crer nEle produz a vida de Deus Insuflada pelo Fspírito através da regeneração (Tt 3:4-7).



II - O MINISTÉRIO DE JESUS NO LUGAR SANTO

Os capitulos 13-17 de João mostram Jesus no Lugar Santo. O Lugar Santo no tabernáculo era iluminado pela luz artificial do candelabro, visto que não penetrava lá nenhuma luz natural, tampouco ventilação, pois não possuía janelas sobre o quádruplo cortinado que descia sobre a armação. Para não embolorar e ficar malcheiroso, os sacerdotes queimavam ali o incenso, mantendo assim o odor característico do santuário. A comparação mostra que para entrarmos como representantes de Deus no Lugar Santo, devemos abandonar a luz natural do intelecto humano e o ar que respiramos na atmosfera mundana para entendermos U coisas espirituais. É na luz do Santuário de Deus que vemos a Sua luz (SI 36:9). Ali os sac erdotei eram alimentados pêlos pães que ficavam expostos na presença de Deus (Êx 25:30).



Quando o sacerdote entrava no Lugar Santo para realizar a cerimónia, tinha sobre lua cabeça um cortinado em estofo ,azul com bordadura de querubins simulando o céu, era como se estivesse entrando na presença de Deus. Jesus sente que havia chegado a hora de passar deste mundo para a presença do Pai, no céu (Jo 13:1). Antes havia dialogado com várias pessoas a respeito da vida eterna, agora fala particularmente com o grupo seleto dos discípulos que depois seriam transformados em apóstolos, eles ficariam aqui na terra como seus embaixadores, por isso o primeiro sentimento que deveriam ter era o de solidariedade, seguido da humildade e unidade de propósito, retratados na cerimônia do lava-pés (Jo 1 3:12-20).



Para o desconforto da Sua ausência fisica, Jesus promete aos discípulos o

"paracleto", titulo dado ao Espírito Santo (Jo 14:16-17) para traduzir a natureza da Sua missão de confortar e defendê-los em Sua ausência. Além do conforto do Espírito, Jesus promete a Sua volta pessoal Jo 14:18,28)



O discurso sobre a videira (Jo 15), qualificada como verdadeira, mostra que Israel foi uma videira não verdadeira (SI 80:8-19), como também dissera o profeta Ezequiel aos do cativeiro (Ez 15:1-8), e como o próprio Jesus advertiu na parábola dos maus arrendatários da vinha do Senhor (Mt 21:33-46). O Senhor Jesus ainda lembra ao grupo a missão do Espírito para o mundo (Jo 16) e termina com a bela oração sacerdotal na qual pede a Deus a proteção deles na continuidade do testemunho (Jo 1 7).



Ill - O MINISTÉRIO DE JESUS NO LUGAR SANTÍSSIMO

Segundo o A.T., o sumo sacerdote entrava só, uma vez por ano, no Lugar Santíssimo e o povo ficava do lado de fora na expectativa de que a intercessão fosse aceita e ele não perecesse na presença do Senhor que Se manifestava no propiciatório. Aliás, o propiciatório era uma espécie de trono vazio do Senhor, de onde falava com o seu representante (Êx 25:21 -23, 28:41 -43). Jesus pressente a dureza da "via crucis" que vai enfrentar. O caminho a seguir Ele o percorre só e bebe o cálice até à última gota. O sumo sacerdote da época de Jesus fala da necessidade de Sua morte pelo povo (Jo l 1:48-53). sozinho, Jesus enfrenta uma noite terrível em Getsêmane, em seguida, a suprema corte de justiça dos judeus, depois, o tribunal civil dos romanos e por fim a crucificação (Jo 18 e 19). Antes de subir para a direita do poder nas alturas revela a Maria Madalena que não havia ainda subido para o Pai, aparece ao grupo em uma casa onde estavam trancados, dirime as dúvidas de Tomé e de Pedro, ceia com eles às margens do lago de Tiberíades. Depois sobe aos céus (Jo 20, 21).



CONCLUSÃO

O período da encarnação, segundo o Evangelho de João, durou aproximadamente uns 33 anos, período em que Deus estendeu o Seu tabernáculo com os homens.



Começou com trinta anos de silêncio de Jesus, tempo de preparação para o ministério, que durou aproximadamente três anos e meio. Segundo o A.T., o sacerdote começava aos trinta e parava aos cinquenta (Nm 4:1-4, 23, 30, 35). O tempo de duração do ministério de Jesus pode ser deduzido do fato de que João menciona a Páscoa três vezes (2:23, 13:1, 18:39). Como a Páscoa era uma festa anual dos judeus, podemos concluir que o ministério de Jesus durou no mínimo três anos. Nesse curto ministério, Jesus mostrou ao mundo que a lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Seu intermédio (capítulos 1 e 1 7 de João).